O ministro
da Agricultura, Antônio Andrade, disse nesta sexta-feira (10) que os
consumidores brasileiros podem consumir leite “tranquilamente” e que as
adulterações descobertas no produto fabricado no Rio Grande do Sul foram
resultado de uma fiscalização eficiente do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa).
“Todas as
detecções de fraude são feitas pelo Ministério da Agricultura, que avisou ao
Ministério Público [do Rio Grande do Sul]. A fiscalização é constante. Não
houve nenhum relaxamento”, disse, em coletiva à imprensa. Apesar de o
ministério atestar que não há falha no monitoramento, técnicos da pasta se
reunirão com representantes da cadeia produtiva do leite com o objetivo de
estudar alternativas para melhorar os mecanismos de controle. Um dos encontros
será no dia 22, em Brasília.
O órgão
também está recolhendo em torno de 100 amostras de leite de aproximadamente 90
laticínios sob inspeção federal em todo país, a fim de verificar possíveis
adulterações em outras unidades da Federação. De acordo com Judi Nóbrega,
coordenadora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa,
até 20 de maio todas as amostras estarão no Laboratório Nacional Agropecuário
(Lanagro) gaúcho, que está centralizando as amostras. Nesta data, é possível
também que alguns resultados sobre o leite dos demais estados já tenha sido
divulgado.
Segundo
Antônio Andrade, um dos pontos que o ministério discutirá com o setor privado
prevê que o transporte de leite seja remunerado por quilometragem e não pela
quantidade do produto. O ministro ressaltou que as investigações apontaram que
as fraudes no Rio Grande do Sul não ocorreram nas fases de produção e
industrialização, e sim na de transporte. Segundo ele, a princípio não está
previsto editar uma norma determinando regras para o transporte de leite porque
o Poder Público não deseja intervir nesse processo. “Essa é uma relação
comercial entre indústria, transporte e produtor. Não cabe a nós determinar”.
Andrade acredita, no entanto, que haverá interesse na busca por melhores
práticas. “A indústria foi penalizada [pela descoberta das adulterações]“,
disse.
Segundo
balanço do Ministério da Agricultura, até o momento foram recolhido cerca de
600 mil litros de leite que já haviam passado pelo processo de industrialização
e chegado ao mercado. Nesta sexta-feira, a pasta recebeu do Lanagro do Rio
Grande do Sul o resultado de testes feitos em 30 lotes recolhidos em
entrepostos de refrigeração nas cidades gaúchas de Guaporé, Selbach e
Crissiumal, pertencentes às empresas LTV, Marasca e Líder. Desses, dois lotes
totalizando 28 mil litros do produto registraram presença de formol.
COMENTANDO:
É muito
importante que esta fiscalização seja feita rigorosamente em todo país,
inclusive aqui no estado do Ceará, pois ultimamente uma marca de leite
conhecida aqui na região de Sobral tem apresentado característica duvidosa.
Com
informações: Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário