Não é de hoje que o
Tribunal de Contas do Ceará (TCE) tem sessões marcadas por tensão
de grupos opostos. Nos últimos dias a discussão tem aumentado e
ganhado um nível elevado, como por exemplo, a sessão dessa
terça-feira (29/10) que quase terminou em agressão física.
O fato aconteceu quando o
presidente do Tribunal, Valdomiro Távora, e o procurador-geral do
Ministério Público de Contas (MPC), Gleydson Alexandre, quase
partiram para o enfrentamento após uma discussão. A sessão, que já
estava com o clima elevado desde o começo, foi interrompida sem
julgamento de processos.
Em discurso de despedida,
Gleydson, que deixa a chefia do MPC neste mês, acusou o comando do
TCE de “tentar enfraquecer” o Ministério Público, atribuindo à
cúpula da Corte a iniciativa da proposta de emenda à Constituição
que, recentemente, reduziu de seis para três o número de
procuradores do Órgão. Gleydson também mencionou a decisão do TCE
de impedir que o MPC solicite, diretamente, documentos e informações
do Estado.
O presidente retrucou,
alegando incompetência funcional do MPC para determinados
procedimentos e apontando queda na produtividade durante a gestão de
Gleydson: segundo Távora, o número de pareceres escritos caiu de
589 para 267, nos últimos dois anos.
Após ter o pedido de
tréplica recusado pelo presidente do tribunal, Gleydson decidiu
retirar-se da sessão. Nesse momento os dois ficaram frente a frente
e houve troca de ofensas.
“Pois vamos resolver lá
fora”, disse Valdomiro. A frase foi encarada como “pedido de
briga” pelo procurador. Os dois deixaram o plenário com os ânimos
exaltados e não voltaram a se encontrar.
Com
informações: Jornal O Povo
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