Qualquer cidadão tem o direito de
solicitar, exigir, acionar a justiça e até fazer barulho para reivindicar os seus
DIREITOS ou de outras pessoas, porém vale lembrar que, cobrar direitos não significa caluniar,
denegrir ou difamar os outros. A partir do momento em que
alguém abusa de sua liberdade de expressão, indo além de expor a sua opinião,
espalhando o ódio e incitando à violência, isso pode trazer consequências mais
graves à vida de outras pessoas
- Você gostaria que alguém
fosse lhe cobrar algo com palavras ofensivas de baixo
calão? ou que uma pessoa ofendesse a sua honra e de sua família com comportamento e
palavras chulas? Como ficaria você diante dos filhos, esposa, mãe e sociedade?
É por isso que se faz preciso
que problematizemos os pressupostos silenciosos contidos na celebrada frase
"a minha liberdade termina quando começa a do outro". Em alguns
casos, é justamente invadindo e desrespeitando a liberdade alheia que pessoas se sentem verdadeiramente livres.
Quem nunca ouviu esta
declaração com todo o seu teor moral auto-evidente antes? Quando quer que haja
uma discussão sobre ética, comportamento humano e direito, não há argumentação
que não seja obrigada a se desfazer perante a inigualável força moral deste
mandamento. Deste ponto em diante, toda e qualquer tentativa de
contra-argumentação espontaneamente cessa, vê-se obrigada a calar-se. Eu também
me calo perante ela, vale sempre ressaltar aqui e deixar suficientemente claro,
mas só na sua condição de receita jurídica geral.
"Sem mesmo aperceber-me, eu já
vinha pondo à teste esta fórmula já de muito tempo. Que eu só tenho direito de
agir até onde eu não prejudique ninguém. Ser contra ou a favor de alguma coisa
não ofende o direito de ninguém, é uma questão de opinião, você só não pode
exigir que as pessoas pensem como você. Por exemplo, eu sou contra o aborto,
mas sou a favor da legalização da maconha. Aceito a união de gays embora ache
errado, são opiniões que expressam minha maneira de pensar, mas não agridem
ninguém. Nossas atitudes é que não podem ferir ou ofender ao próximo".
Cá com meus botões, entendo que tem algo errado, distorcido
na visão de liberdade. Certos usos da liberdade representam uma escolha por ser
melhor, por ser superior – como se pudéssemos nos “presentear” com alguns
privilégios. Ser livre é ser igual sim, mas no sentido de reconhecer o outro
como digno de meu respeito. É meu semelhante, é igual a mim como humano, mas
diferente em escolhas, gostos, comportamentos, opinião. E isso requer que o aceite e o
acolha em sua diferença.
Finalizo aqui dizendo que o problema não é ter opinião.
Muito menos declará-la. E sim como você faz isso. De forma respeitosa ou agressiva?
Privilegiando o diálogo de diferentes e buscando uma convivência pacífica, ou
conclamando as pessoas para desrespeitar ainda mais o seu irmão por medo ou desconhecimento?
Entendeu? Ou quer que desenhe?
Adaptação Luciano Silva
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