O diretor-geral da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, anunciou que as contas de
luz terão o segundo patamar da bandeira vermelha em outubro. Com a decisão, o
consumidor terá um acréscimo de R$ 3,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh)
consumidos a partir de domingo, 1º de outubro. Em setembro, vigorou a bandeira
amarela, que adiciona R$ 2,00 a cada 100 kWh consumidos.
Rufino ressaltou que não há
risco de falta de energia, nem de racionamento. "O abastecimento está
assegurado, mas terá um custo mais alto", afirmou Rufino.
Para tentar conter parte desse
custo, a Aneel vai iniciar uma campanha nas redes sociais e na TV para
estimular a economia de energia. Não haverá meta de redução de consumo. A
campanha terá dicas para uso consciente de eletrodomésticos como ferro de
passar roupa, ar-condicionado, máquina de lavar roupas e geladeira, entre
outros. "O usuário pode contribuir e ter um consumo mais eficiente",
afirmou.
O diretor-geral da Aneel disse
que a quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas foi a
menor para meses de setembro de toda a série histórica, iniciada em 1931.
"Com os reservatórios em situação crítica, vamos acionar as térmicas mais
caras", disse Rufino.
A térmica mais cara acionada
para fornecer energia no mês de outubro será a de Sepé Tiaraju, no Rio Grande
do Sul. A energia da usina tem custo de R$ 698,00 por megawatt-hora (MWh). O
segundo patamar da bandeira vermelha é acionado toda vez que o custo de geração
da usina mais cara supera o patamar de R$ 610,00 por MWh.
Essa é a primeira vez que o
segundo patamar da bandeira vermelha é acionado desde a criação do sistema. A
conta de luz, porém, já teve um adicional mais caro. No primeiro ano em que as
bandeiras vigoraram, em 2015, só havia um patamar de bandeira vermelha, e a
taxa era de R$ 5,50 a cada 100 kWh.
Além do acionamento das
termelétricas, o governo autorizou a importação de energia de países vizinhos.
O Brasil já está recebendo 400 MW médios do Uruguai e há potencial para receber
1 mil MW médios da Argentina. A operação já foi autorizada. "Todas as
alternativas estão sendo buscadas para oferecer energia mais barata",
afirmou.
Com a bandeira vermelha em seu
segundo patamar, o consumidor deve ter um acréscimo médio de R$ 5,60 em sua
conta. Esse custo considera o consumo médio das famílias brasileiras, que é de
160 kWh por mês. Aqueles que consomem mais energia terão uma cobrança mais
alta.
Com A Tarde/ Uol
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