Em diversos municípios cearenses surgem denúncias de
sucateamento das administrações e os servidores reclamam da falta de pagamento.
A problemática se torna comum a cada início das novas administrações
municipais, e o Ministério Público do Estado chama a atenção em relação a esses
casos, principalmente nas administrações que, a partir das denúncias, querem
forçar a decretação de emergências. Nesses casos, o gestor poderia comprar sem
licitar, e esse é o foco de atenção dos órgãos da Justiça e fiscalizadores.
Servidores se revoltaram em Santana do Cariri com o atraso
dos pagamentos. A Polícia foi chamada para acalmar os ânimos.
Na região Sul do Estado, municípios como Santana do Cariri,
os servidores efetivos e cargos comissionados reclamam da falta de pagamento
desde o mês de outubro, do ano passado. A Prefeitura local justifica a falta de
dinheiro em caixa para cobrir a folha de pagamento, além de não poder realizar
serviços básicos na cidade. Também alega vários bens da administração
danificados. Além disso, houve a extração do banco de dados da Prefeitura,
inclusive a base da folha de pagamento dos arquivos eletrônicos, impossibilitando
o envio da folha ao banco.
FOTO: YPSILON FÉLIX |
Em cidades como Crato e Juazeiro do Norte, também houve
problemas de atraso salarial, mas em relação ao mês de dezembro. A negociação
junto aos sindicatos dos servidores locais facilitou a resolução da
problemática, mas em parte. Ontem, a Prefeitura do Crato começou a efetuar o
pagamento dos servidores efetivos, com finalização da folha no dia 22. Já os
comissionados e contratados, ficarão para uma negociação posterior. No caso de
Juazeiro, a solução encontrada pela administração foi pagar apenas 50% dos
salários, com a outra parte ainda sem previsão. Os gestores das duas cidades
justificam a ausência de dinheiro em caixa, alegando obrigação não cumprida
pelo prefeito anterior.
No município de Martinópole a situação não é tão diferente. Depois
de um acordo feito na promotoria de justiça da cidade no dia 04 de dezembro do
ano passado o ex. prefeito Francisco Fontenele Viana informou que não iria
pagar o mês de dezembro, haja vista que o município receberia o FPM em Janeiro
do corrente ano já na gestão do candidato atual, razão pela qual não assumiria
compromisso em relação a referido mês.
Segundo informações da Assessoria de Comunicação da
Prefeitura de Martinópole o saldo bancário era apenas de R$ 64,00 nas contas do
Fundo de Participação do Município (FPM).
A Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal
do Estado do Ceará (Fetamce) tem feito acompanhamento dos municípios que estão
em dívidas com o funcionalismo. São mais de 20 em todo o Estado, principalmente
de contas do mês de dezembro e referentes ao pagamento do 13º salário.
A orientação, segundo a presidente da entidade, Enedina
Soares, é negociar em busca de acordos e até parcelamentos. Caso isso não
ocorra, deve acontecer até a paralisação dos serviços. "Os prefeitos não
querem se responsabilizar pela dívida anterior, mas os servidores cumpriram a
sua função. Trabalharam e têm que receber", diz ela.
Segundo o promotor de Justiça, Eloilson Augusto da Silva
Landim, assessor da Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública
(Procap), nenhuma denúncia de município foi formalizada em relação a essas
questões nos municípios. Para o promotor, é uma responsabilidade dos novos
gestores que assumem nesse momento, administrar com todos os problemas que
herdam. "Essas situações são perfeitamente constatáveis e não têm sido
novidade", admite, ao acrescentar que os prefeitos precisam continuar as
administrações com o que dispõem, inclusive pagando os servidores.
O servidor José Thiago Soares, de Santana do Cariri, cobra
da atual gestão municipal o cumprimento do dever e o direito do povo.
"Esse é o anseio de todos os servidores públicos municipais, para que seja
feita justiça", afirma. No tocante a esse problema, o promotor ressalta
que é uma obrigação do poder público cumprir com os pagamentos, já que o
município está arrecadando. "O prefeito municipal faz reclamações
públicas, mas muitos para decretar emergências", constata ele.
Eloilson Augusto ainda ressalta casos em que é preciso haver
cautela por parte dos municípios, principalmente no tocante aos casos de
improbidade administrativa. O promotor orienta que o prefeito deve apurar com
severidade os atos na época dos desmontes, principalmente realizando as
auditorias, por portaria, com comissão técnica, levantando todas as
irregularidades, para depois formalizar as denúncias junto ao Tribunal de
Contas dos Municípios (TCM) e Ministério Público.
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3 comentários:
martinópole ....Quanto a este caso podemos dizer que independente se o governo passado deixou ou não o dinheiro em caixa a nova gestão tem q se mostrar diferente e arranjar meios alternativos,os servidores prestaram serviços a prefeitura que é um orgão e não a um prefeito...se a gestão anterior não pagou, pois bem, vamos lembrar disso nas proximas eleições, mas não esquecendo q o não pagamento acarretará numa controvérsia ao plano de governo da nova gestão mostrando o seu descompromisso com o povo que trabalhou... o novo governo tem q fazer acontecer independente das dificuldades, mostrar ser diferente!e não se justificar usando o nome de anteriores...da mesma forma q o ex prefeito será lembrado pr não ter pago ...o atual tbm será se fizer o msm!!
O que causa revolta é que estes prefeitos que saíram não cumpriram a Lei de Respondabilidade Fiscal e nada acontece. Dizem na cara do promotor que não pagam e pronto. Tudo fica por isto mesmo.
O que estes prefeitos fizeram com o dinheiro com o qual deveriam pagar o funcionalismo?
Isto ninguém apura.
O James Bell diz que recebeu os cofres muncipais com apenas 64 reais, mas não mostra o extrato que comprova a sua declaração.
Por que?
Este mês já entrou a primeira parcela do FPM, além de outros recursos oriundos do SUS.
Eu fosse o James Beel, DIARIAMENTE tiraria um extrato da conta da prefeitura e divulgaria. Assim acabaria de uma vez com a boataria feita pelos órfãos do prefeito derrotado.
Dizer que este ano a prefeitura de Martinópole já recebeu mais de UM MILHÃO DE REAIS só pode ser uma grande mentira.
Mostre os extratos, James Bell.
Mostre e desmacare estes detratores.
Se não mostrar vai dar margem a que estes boatos passem a serem visto como verdades.
Não se esqueça de que em 2016 teremos eleições.
Quatro anos passam mais rápidos do que um sopro de vento numa tarde chuvosa e de ventos fortes.
Pense nisto.
E não se esqueça de extinguir a IMORAL Taxa de Iluminação Pública.
Lembre-se que foi por causa dela que o seu Inácio, aquele que fazia bingos junto com você para arrecadar alimentos foi EXPULSO DE mARTINÓPOLE.
Em memória ao sacrífico do seu Inácio e por tudo que ele fez para lhe promover politicamente, inclusive lhe aconselhando a se afastar do Zé Nilson, motivo do rompimento entre você e seu Inácio, você tem a obrigação moral de extinguir esta IMORAL Taxa de Iluminação Pública.
MOSTRE OS EXTRATOS, JAMES BELL.
E agora pra ele mostrar os extratos. Mas devia sim provar o que diz e divulgar o extrato que mostra a entrada de dinheiro no dia 28 de dezembro, mas que ele diz que só entrou dia, prova ai James Bel cm dois l's. Agora anda dizendo que vai dar uma de bomzim e pagar o mês de dezembro, ora vai pagar pq o Ney Monte ta 'arrochando' na justiça e o promotor deu duas opções à ele (JB com 2 l) ou paga ou a justiça bloqueia as verbas. Ah! pra quem não sabe, Mart é o único município da região onde a oposição ganhou e as verbas continuam vindo normalmente sem prejuízo à prefeitura. Outra coisa, pq q o JB ta usando o nome de James BeLL, com dois l?
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