A prisão do
ex-empresário Eduardo Facunde, dono da empresa Eletromil, é uma evidência de
que a rede de proteção armada para lhe proteger não foi eficiente além das
fronteiras do Maranhão.
Foragido da
polícia há vários meses, Eduardo foi preso no Piauí no final de semana. O filho
dele também foi preso.
Eduardo era
o proprietário das lojas Eletromil. A empresa lesou milhares de consumidores
que aderiram ao plano de compra premiada e não receberam nem os bens nem a
devolução do dinheiro investido. A Polícia Civil do Pará calcula que somente
naquele Estado, cinco mil pessoas foram enganadas, num total de R$ 30 milhões
envolvidos.
Sempre
circulando nas rodas da dita alta sociedade maranhense, Eduardo era bem
relacionado. Todos na região de Bacabal sabem das histórias de políticos e
autoridades que conviviam com o empresário. Pessoas ligadas a Eduardo faziam
questão de explicitar o relacionamento dele com membros do poder Judiciário em
todos os níveis.
E foi essa
proximidade com os poderosos, decorrente até do financiamento de campanhas
eleitorais, que possibilitou a Eduardo se manter livre das grades todo esse
tempo.
O problema é
que, fora a proteção Divina, não se pode ter outra proteção todo o tempo em
todos os lugares. E os padrinhos do ex-empresário não puderam avisá-lo da
operação montada pela Divisão de Investigação e Operações Especiais da Polícia
Civil do Pará.
Durante o
funcionamento da loja Eletromil, a polícia chegou a receber 800 denúncias
contra a empresa. Eduardo Facunde e Eduardo Filho também eram procurados no
Maranhão, e devem responder pelos crimes de estelionato e fraude, além de
crimes contra o consumidor como propaganda enganosa e induzir o consumidor ao
erro. Os dois serão recolhidos para uma unidade do sistema penitenciário do
Pará.
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