Dez pessoas foram presas numa
operação da Polícia contra fraudes ao seguro obrigatório de acidentes de
veículos, o DPVAT, no Município de Itapipoca (a 125Km de Fortaleza). O golpe
começava a ser praticado dentro da própria Delegacia de Polícia Civil daquela
cidade e os prejuízos podem chegar à quantia de R$ 10 milhões. Até médicos são
suspeitos de envolvimento no esquema criminoso.
Segundo as autoridades, uma
funcionária terceirizada da Delegacia de Polícia Civil de Itapipoca fazia o
registro em Boletins de Ocorrência (B.O.) de situações falsas de acidentes de
trânsito como queda de pessoas em veículos, atropelamentos e colisões. O documento ia parar nas mãos
dos golpistas, que prepararam o reto da
papelada e davam entrada com o pedido de indenização.
Em apenas três meses, a
funcionária teria expedido, nada menos, que 370 Boletins de Ocorrência, fato
que levou a própria Polícia a desconfiar de tais procedimentos. Com o registro
policial em mãos, os golpistas tratavam de forjar os demais documentos exigidos
pelas seguradoras para o pagamento do DPVAT, entre eles, o prontuário
hospitalar, atestados, laudos periciais e demonstrativos de despesas médicas
decorrentes de cada um dos supostos acidentes com vítimas.
Segundo o delegado-regional de
Itapipoca, Marcos Aurélio Elias de França, informou que foi descoberta ainda a
participação de médicos no golpe. Eles seriam oriundos da cidade de Trairi e
iam até Itapipoca fraudar atestados e laudos para que os demais integrantes do
bando pudessem encaminhar a documentação às seguradoras.
Investiga
A Assembleia Legislativa do
Ceará instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de
investigar as fraudes contra o DPVAT em todo o estado. Já foram tomados vários
depoimentos em reuniões fechadas e audiências públicas. O trabalho dos parlamentares seguem
paralelamente às investigações da Polícia Civil.
Informações: blog do Fernando
Ribeiro.com.br
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