Raul Jungmann anunciou, nesta quarta-feira (28), os nomes
que formarão a equipe da pasta
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O ministro da Segurança
Pública, Raul Jungmann, informou, ao anunciar nesta quarta-feira (28) a equipe
do novo ministério, que foi autorizado a abrir concurso para as polícias
Federal e Rodoviária Federal. Segundo ele, serão preenchidas mil novas vagas.
"Sobre a necessidade e
urgência de reforçar recursos humanos, especialmente na Polícia Federal e na
Polícia Rodoviária Federal, estamos autorizados a fazer concursos, com 500
novos agentes para a Polícia Federal e 500 novos agentes na Polícia Rodoviária
Federal", afirmou o ministro durante entrevista coletiva.
Conforme ainda Raul Jungmann, o
Ministério do Planejamento não contingenciará as verbas do Ministério da
Segurança. O orçamento da pasta será anunciado pelo presidente Michel Temer.
O ministro também anunciou que
vai marcar um encontro dos ministros de Segurança de todos os países da América
do Sul para discutir a situação das fronteiras, e defendeu que uma autoridade
do continente coordene a discussão do tema.
Raul Jungmann anunciou os nomes
que formarão a equipe da pasta. O general Carlos Alberto Santos Cruz acumulará
a Secretaria-Executiva e a Secretaria Nacional de Segurança Pública; o
diplomata Alessandro Candeas será o chefe de gabinete; o delegado Rogério
Galloro será o diretor da Polícia Federal; Renato Borges Dias fica na direção
da Polícia Rodoviária Federal, e Carlos Felipe de Alencastro, como diretor do
Departamento Penitenciário Nacional.
O Ministério foi criado por
Medida Provisória na terça-feira (27) pelo presidente Michel Temer.
O ministro informou que o
presidente Michel Temer vai se reunir nesta quinta-feira (1) com governadores
para discutir ações de segurança pública. Ele disse que não adiantaria os
números sobre o orçamento da pasta, para que sejam divulgados pelo presidente.
Mas adiantou que o Ministério do Planejamento não contingenciará as verbas do
órgão. Anunciou ainda que foi autorizada a abertura de concurso para as
polícias Federal e Rodoviária Federal.
Articulação
O titular da nova pasta
informou que se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), para avaliar as propostas de leis que tramitam na Casa voltadas à
temática da segurança. Jungmann sinalizou a possibilidade da elaboração de uma
nova legislação integrando a estrutura institucional da área.
Raul Jungmann anunciou que vai
se reunir com prefeitos de capitais para debater o tema segurança pública. “A
Constituição não incluiu as capitais no sistema de segurança. A nossa população
vive em termos majoritários nas regiões metropolitanas e essas têm contribuição
importante a dar”, defendeu.
O ministro da Segurança Púbica
informou que procurará entidades empresariais e organizações da sociedade civil
para dialogar, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Novo ministério
A nova pasta reúne a Polícia
Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Conselho Nacional de Política Criminal
e Penitenciária e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, todos os órgãos
antes vinculados ao Ministério da Justiça.
Uma vez que parte importante
das ações de segurança é realizada pelos governos estaduais, ficará a cargo da
nova pasta também a articulação das políticas de combate ao crime. Outra
atribuição será a gestão dos presídios sob responsabilidade do governo federal
Respeito
Hoje (28) Jungmann participou
da reunião do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) convocada para apresentar o
Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. E reafirmou que o combate ao crime
não pode cair em “atalhos” fora da lei ou desrespeitar os direitos humanos.
Polícia Federal
Na terça-feira (27), o ministro
anunciou a troca do comando da Polícia Federal. Fernando Segóvia foi exonerado
do cargo para dar lugar a Rogério Galloro, que até então ocupava o cargo de
secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça. Galloro é delegado há
mais de 20 anos e já havia ocupado o posto de diretor-executivo da corporação.
Segóvia vinha sofrendo críticas
por declarações acerca da investigação envolvendo o presidente Michel Temer. A
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou ao ministro do Supremo
Tribunal Federal Luís Roberto Barroso que o diretor se abstivesse de
ingerências na investigação.
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