O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo preso em Curitiba desde 7
de abril, continua na liderança na corrida pelo Palácio do Planalto. Lula é
seguido por Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede), segundo pesquisa Ibope,
contratada pela Confederação Nacional das Indústrias, divulgada nessa
quinta-feira, 28.
33% dos
entrevistados disseram preferir Lula, contra 15% de Jair Bolsonaro (PSL),
Marina Silva (Rede), 7%, e Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), 4% cada.
No cenário estimulado sem Lula, Bolsonaro marca 17%, Marina, 13%, Ciro, 8% e
Alckmin 6%. Já na sondagem sobre avaliação de governo, o presidente Michel Temer
atingiu novo recorde de rejeição: 79% dos respondentes desaprovam a gestão em
junho, contra 72% em março. A pesquisa ouviu 2 mil eleitores entre os dias 21 e
24 de junho e tem margem de erro de 2%. Mas há mais a ser visto na pesquisa.
–
Quanto mais pobre o eleitor, mais chances de votar em Lula. O contrário vale
para Bolsonaro
A
pesquisa mostra que as intenções de voto em Lula aumentam quanto menor é a
renda do eleitor. No caso de Bolsonaro, o oposto acontece: o nível de
preferência é maior entre os mais ricos. Em respostas estimuladas, Bolsonaro
conquista 29% das menções entre aqueles eleitores com renda familiar de mais de
5 salários mínimos. Nessa faixa de renda, Lula marca 17%.
No
outro extremo, o petista amealha 45% de apoio entre aqueles que têm até 1
salário mínimo de renda familiar. Entre os mais pobres, Bolsonaro tem apenas
7%. O mesmo fenômeno se repete em relação à escolaridade. Na estimulada, Lula
obtém 44% da preferência daqueles que concluíram até a quarta série do ensino
fundamental, enquanto Bolsonaro registra apenas 5% nesse grupo.
Entre
aqueles eleitores com curso superior, a intenção de voto de Lula cai para 20%.
Bolsonaro registra 22%. Marina, Ciro e Alckmin demonstram pouca variação entre
os índices de preferência quanto à escolaridade e à renda.
– Voto
de Bolsonaro é majoritariamente de homens
Dentre
os homens, Bolsonaro obtém 21% das preferências, enquanto só 9% das mulheres
que responderam à pesquisa afirmam que votarão no ex-militar. Já Lula tem 35%
da preferência delas, enquanto 31% dos homens dizem escolhê-lo. As mulheres se
mostram mais desiludidas: 25% dizem que votarão branco ou nulo. Entre os
homens, esse percentual atinge 18%.
– Sem
Lula, Marina e Ciro ganham de Bolsonaro no Nordeste
Em um
cenário sem o presidente Lula, Bolsonaro obtém a maior taxa de preferência
entre os demais candidatos nas regiões Norte/Centro-Oeste (19%), Sudeste (19%)
e Sul (21). O Nordeste é seu ponto fraco, com apenas 10% de menções. Ali, ele
perde tanto para Marina Silva, que registra 16% das preferências, quanto para
Ciro Gomes, que tem 14%.
–
Collor lidera rejeição junto com Lula e Bolsonaro
Lula e
Bolsonaro polarizam preferências e estão na liderança da pesquisa. São também
os campeões da rejeição: 32% dos eleitores dizem que não votariam em Lula em
hipótese alguma e 31% afirmam o mesmo em relação a Bolsonaro. O ex-presidente
Fernando Collor de Melo divide com ambos a aversão dos eleitores. Collor, no
entanto, registra apenas 1% das intenções de voto em seu melhor cenário.
– 6 de
cada 10 eleitores não sabem em quem votarão ou não querem votar em ninguém
A
pesquisa revela que 59% de eleitores ainda não sabem em quem votar ou não
pretendem escolher ninguém: 31% dos respondentes disseram que anularão ou
assinalarão branco na urna, enquanto 28% não sabem ou não responderam.
Insatisfação
com Temer é maior entre os jovens e menor entre os mais velhos
Eleitores
entre 16 e 24 anos são os mais insatisfeitos com a gestão Michel Temer (MDB).
Apenas 1% dos respondentes nessa faixa etária avalia o governo como ótimo ou
bom. Com a margem de erro, o percentual pode chegar a zero. E 82% dos jovens
qualificam o governo como ruim ou péssimo. Entre os entrevistados com mais de
55 anos, Temer consegue seu maior percentual de ótimo ou bom: 5%. E 71% deles
dizem que a gestão é ruim ou péssima.
*Com
informações Uol Notícias
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