(Foto: Agência Brasil)
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Dos 13 ministros já anunciados
pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para compor seu governo em 2019, cinco
são ou já foram alvo de investigação. Luiz Henrique Mandetta (DEM), Tereza
Cristina (DEM), Onyx Lorenzoni (DEM), Paulo Guedes e Marcos Pontes estiveram
enquadrados em denúncias que envolvem, no geral, ganhos financeiros
irregulares. Bolsonaro já declarou que não farão parte do governo ministros que
tiverem denúncias ou acusações “robustas” ou que se tornem réus.
“Qualquer denúncia ou acusação
que seja robusta, [o ministro] não fará parte do governo", afirmou o
presidente eleito em uma entrevista coletiva após deixar a sede do Tribunal de
Contas da União (TCU), em Brasília. “É muito difícil hoje em dia você pegar
alguém que não tenha alguns problemas, por menores que sejam. Os menores,
logicamente, nós vamos ter que absorver. Se o problema ficar vultoso, você tem
que tomar uma providência”, também declarou, dessa vez em entrevista à TV
Record no último dia 14.
Bolsonaro é réu por apologia a
estupro em processo de 2016, movido pela deputada Maria do Rosário (PT), após
ele dizer que não a estupraria por ela “não merecer”. O presidente eleito
também tem seu nome em 29 processos no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele
defendeu a futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, investigada por
conceder incentivos fiscais ao grupo JBS, se afirmando como réu. “Eu também sou
réu e daí? Tenho que renunciar ao meu mandato?”, disse, durante visita a uma
competição de jiu-jítsu no Rio de Janeiro no último domingo, 18.
Onyx Lorenzoni
O futuro ministro da Casa Civil
Onyx Lorenzoni é o que tem sua denúncia mais conhecida. Ele admitiu ter recebido
R$ 100 mil não declarados à Justiça Eleitoral por meio de caixa dois em 2014.
Recentemente, uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostrou outra
denúncia, revelando um documento que indica o recebimento de outros R$ 100 mil
em 2012, quantia sobre a qual o deputado ainda não havia dado informações.
LUiz Henrique Mandetta
Anunciado na última
terça-feira, 20, como futuro ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta é
investigado por tráfico de influência, suposta fraude em licitação e caixa 2 em
um contrato para implementar um sistema de informatização na saúde em Campo
Grande (MS), no período em que foi secretário.
Tereza Cristina
A futura ministra da
Agricultura teria concedido incentivos fiscais ao grupo JBS enquanto ocupava o
cargo de secretária estadual de desenvolvimento agrário e produção do Mato
Grosso do Sul enquanto arrendava terra para a JBS, conforme reportagem do
jornal Folha de S.Paulo. Segundo os delatores da empresa, a JBS conseguia um
acordo para obtenção do crédito e, pagava propina que variava conforme o valor
obtido com os créditos em troca.
Paulo Guedes
Guru econômico de Bolsonaro e
futuro ministro da economia, Paulo Guedes é investigado pelo Ministério Público
Federal (MPF) para apurar se o economista cometeu irregularidades na gestão
financeira de fundos de investimento. O MPF pediu que a Polícia Federal abrisse
um inquerito devido à suspeita de que os investimentos dos fundos de pensão
tenham sido aprovados sem uma análise adequada e tenham gerado lucros
excessivos a Paulo Guedes.
Marcos Pontes
O futuro ministro da Ciência e
Tecnologia, Marcos Pontes, foi investigado pelo Ministério Público Militar em
2006 para apurar se ele havia infringido o artigo 204 do Código Militar, que
proíbe a militares da ativa de se envolver em qualquer atividade comercial. Em
setembro de 2017, documentos divulgados pelo jornal Intercept mostravam o
astronauta como sócio majoritário da empresa Portally Eventos e Produções. Em
agosto, o recurso foi engavetado pela ministra Rosa Weber sob o argumento de
que o eventual crime já teria prescrito.
* O POVO Online
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