Ceará Acontece: Mulher presa após dar à luz e enterrar o bebê ainda vivo, que foi comido por animais

quinta-feira, 21 de março de 2019

Mulher presa após dar à luz e enterrar o bebê ainda vivo, que foi comido por animais


O crime chocante aconteceu na zona rural de Camocim, na tarde desta quarta-feira. (Foto: reprodução)
Permanece presa na Delegacia de Polícia Civil da cidade de Jijoca de Jericoacoara, no Litoral Oeste do Ceará, Raimunda Nonata Laurindo da Silveira (24), presa em flagrante na noite desta quarta-feira (20), na zona rural de Camocim (a 373Km de Fortaleza). Após dar à luz, ela enterrou, ainda vivo, o bebê do sexo feminino. Logo em seguida, porcos atacaram a recém-nascida e comeram partes do corpo.

O crime revoltou os moradores da comunidade de Buriti, na zona rural de Camocim. Foi necessário que a Polícia transferisse a acusada para outro Município. Logo, a notícia se espalhou na região e ganhou repercussão nas redes sociais e na Imprensa.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a mulher manteve a gravidez em segredo por nove meses. Na quarta-feira, decidiu ingerir um chá com propriedades abortivas e começou a sentir contrações. Raimunda foi até um terreno afastado da residência, na localidade de Buriti, onde entrou em trabalho de parto.
Quando a criança nasceu, a mãe teria enterrado o bebê e retornado à residência. Após tomar banho, um irmão percebeu que Raimunda estava sangrando e a questionou. Ela voltou ao banheiro sem dar detalhes. Em seguida, foi para a casa da irmã mais velha.

O irmão, que já suspeitava da gravidez, foi até o terreno nos fundos da casa, onde encontrou o corpo da criança, que foi parcialmente devorado por animais. Ele mesmo recolheu o corpo e informou aos demais parentes. Quando Raimunda retornou à casa, foi mantida no local até a chegada dos policiais.

Causa da morte

Em depoimento na Delegacia de Jijoca, a suspeita disse que tomou a substância para abortar, mas a criança nasceu com vida e chorou. Ainda assim, ela deixou o bebê no local. A causa da morte, que pode ter sido provocada pelas lesões dos animais ou também por asfixia, só poderá ser constatada após exames na Perícia Forense.

Questionada sobre o motivo do crime, Raimunda afirmou que fez isso porque era solteira, teve dois filhos antes, tendo um deles sido dado para adoção, e temia a reação da família ao saber que ela estava novamente grávida.

De acordo com a SSPDS, a autuação por infanticídio ocorre quando a mãe age sob um abalo psíquico em razão do estado puerperal. No entanto, a mulher confessou que agiu de forma premeditada. Por isso, ela foi autuada em flagrante por homicídio.

O caso agora será transferido para a Delegacia Regional de Camocim, que dará continuidade ao andamento do inquérito policial.




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