Um dos fundadores e um dos
principais chefes de uma facção cearense foi identificado na Operação Torre,
deflagrada, nessa quinta-feira (26), pela Polícia Federal (PF) e pelo Grupo de
Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério
Público do Ceará (MPCE). O paraibano Ednal Braz da Silva, o 'Siciliano', 45,
estava preso no Município de Limoeiro, em Pernambuco. O homem era o último dono
de um dos seis anéis templários utilizado pela alta cúpula da organização
criminosa Guardiões do Estado (GDE).
Foi através de uma investigação
da PF sobre os ataques às torres de transmissão de energia da Companhia
Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), localizadas em Fortaleza e Maracanaú, em
abril, os líderes da facção que também estariam comandando das ações criminosas
que começaram há uma semana foram identificados. O principal alvo foi Ednal
Braz, ele era o único dono de um anel templário desconhecido pela Polícia
cearense.
Eram seis anéis para os líderes
governarem. Uma estratégia de distinção da alta cúpula da facção cearense. Após
a identificação de Enal Braz, todos os seis maiores líderes da organização,
donos dos anéis templários, são conhecidos pela Polícia cearense: 'Siciliano';
'Guardião'; Francisco Tiago Alves do Nascimento, o 'Magão' ou 'Juara'; Marcos
André Silva Ferreira, o 'Branquinho' ou 'Dedé'; Yago Steferson Alves dos
Santos, o 'Supremo' ou 'Gordão'; e Deijair de Souza Silva, o 'Mestre' ou 'De
Deus'. Cada joia vale cerca de R$ 7 mil.
"Esse preso do Estado de
Pernambuco seria da cúpula da facção. Lá, ele tinha acesso a celular, o qual
foi apreendido. E, além das ordens que ele mandou em abril para atacar as
torres, ele teria possivelmente emanado as ordens para os ataques no Ceará,
agora em setembro", informou o delegado federal Samuel Elânio, coordenador
da Operação.
O Diário do Nordeste apurou que
'Siciliano' foi responsável por ataques a instituições financeiras, em vários
estados do Nordeste. Ao ser levado para um presídio federal, ele teve contato
com Francisco de Assis Fernandes da Silva, o 'Barrinha' ou 'Guardião', e a dupla
decidiu instalar uma facção criminosa no Ceará. Em 2013, o paraibano foi preso,
junto ao irmão, por explodir caixas eletrônicos, em Pernambuco. A PF também
pediu a transferência de 'Siciliano' para um presídio federal.
Anéis
Conforme apurações do Diário do
Nordeste, os outros donos dos anéis, Francisco de Assis Fernandes da Silva, o
'Barrinha' ou 'Guardião', e Francisco Tiago Alves do Nascimento, o 'Magão' ou
'Juara', foram presos em apartamentos de luxo em Recife,no Pernambuco durante
abordagens da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco),
em abril deste ano. Com os suspeitos, além de uma arma de fogo, munições,
documentos falsos, dezenas de cartões de crédito, veículos foi encontrado dois
anéis templários.
A semelhança entre os anéis
chamou atenção da Polícia. As investigações revelaram que 'Barrinha' encomendou
a fabricação dos seis anéis, para os membros da alta cúpula da facção.
Barrinha' e 'Magão' eram os
donos das duas joias já encontradas pela Polícia. Outros três anéis templários,
que não foram localizados, pertenciam a líderes da facção que já estavam
presos: Marcos André Silva Ferreira, o 'Branquinho' ou 'Dedé'; Yago Steferson
Alves dos Santos, o 'Supremo' ou 'Gordão'; e Deijair de Souza Silva, o 'Mestre'
ou 'De Deus'. A peça restante era de'Siciliano', o qual os investigadores ainda
não tinha identificado.
*Informações via DN/Segurança
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