Que a população perceba esse
mal social em seus comportamentos e mude de atitude!
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Junto com a confirmação dos casos
de Covid-19 chegou, em nossos municípios, um problema social: a discriminação.
E assim como as variáveis dela: a racial, de gênero, de renda, de opção sexual,
essa não tem explicação, é possível elencar vários possíveis motivos, mas não
tem justificativa.
COREAÚ
Acompanhamos nas redes sociais
uma “fiscalização” exagerada com as pessoas que moram nas proximidades da rua
do cemitério (local que se identificou a maioria dos casos de coronavirus), se
alguém daquela região estivesse em qualquer lugar da cidade as pessoas tiravam
foto e começava o embate nas redes sociais, mais precisamente nos grupos de
WhatsApp, ou seja, residir naquela região era sinônimo de estar infectado. Nessa
pandemia, os estabelecimentos comerciais estão trabalhando, em sua maioria, com
entregas domiciliares, no entanto, alguns estabelecimentos negaram fazer
entrega naquela rua.
Esse distanciamento
preconceituoso não atingiu somente as pessoas da rua do Cemitério, com o avanço
dos casos na cidade e a expansão geográfica desses casos, familiares e amigos
de pessoas infectadas por Covid-19 são alvos fáceis, o assunto circula em toda a
cidade, que vê se afasta, as acusações são inúmeras... É como se a maioria da
população desejasse que infectados, seus familiares, seus amigos e seus
vizinhos ficassem numa prisão de segurança máxima.
MARTINÓPOLE
Uma onda de preconceito com os
familiares de um senhor que testou positivo foi motivo de debates nas redes
sociais. Conforme populares da cidade, nem todos os familiares do paciente teve
contato com o mesmo, porém estão sendo alvos de preconceito.
“...já não
basta o sofrimento deles, tem ainda que serem julgados por muitos que se acham
perfeitos, se o senhor foi irresponsável beleza cada um tem sua forma de pensar
e eu sinceramente concordo também, só não concordo com a maneira e a forma que
os familiares deles estão sendo expostos e julgados”, escreveu uma moradora
de Martinópole.
É necessário que haja
prevenção, não estou afirmando que não precisa ser cuidadoso, que não temos que
nos preocupar com as pessoas que estão no grupo de risco, temos que nos
prevenir! Infelizmente, nos casos descritos a prevenção deixou de ser prevenção
e passou a ser discriminação.
Que a população perceba esse
mal social em seus comportamentos e mude de atitude!
*Texto modificado
Texto original: Jair Felismino,
professor.
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