Investigações apontarem que as três candidatas do partido não realizaram atos de campanha nas eleições de 2020 |
Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), investigações
demonstraram que as candidatas Cynthia Lopes Chaves Rosa, Lina Vanessa Diogo
Nunes e Tamyres Rocha Diogo não teriam realizado quaisquer atos de campanha,
nem mesmo em suas redes sociais.
A Procuradoria apurou ainda que as candidatas Cynthia e Tamyres teriam
realizado propaganda eleitoral para Diogo Rocha, único eleito à Câmara
Municipal de Nova Russas.
A decisão do TRE-CE ocorreu após recurso, já que o juiz da Zona
Eleitoral, Frederico Costa Bezerra, havia julgado a ação como
improcedente.
MUDANÇA NA DECISÃO
Na decisão proferida na Zona Eleitoral, não havia "como se
considerar da existência de prova robusta da fraude ao sistema de cotas de
gênero" devido a provas "insuficientes".
Contudo, o TRE-CE decidiu, por unanimidade, modificar a decisão e
cassar a chapa inteira do partido.
Relator da ação, o juiz George Marmelstein elencou o baixo desempenho
das candidatas do PDT e a realização de campanha eleitoral inexpressiva como
elementos que caracterizam a fraude, além de despesas irrisórias.
"O que se
percebe é que houve uma simulação de candidatura para ludibriar a Justiça
Eleitoral e permitir o lançamento de candidatos do sexo masculino. Dissimular
uma solicitação de votos e a distribuição de santinhos não torna verdadeira uma
candidatura fictícia".
Além da cassação, os candidatos Cynthia Lopes Chaves Rosa, Lina
Vanessa Diogo Nunes, Tamyres Rocha Diogo e Diego Rocha Diogo também foram
declarados inelegíveis por oito anos.
Esta é a segunda
vez que a Justiça Eleitoral no Ceará decide cassar candidatos de um
partido por fraude à cota de gênero nas eleições de 2020. No último dia 5 de
maio, diplomas de suplentes e do vereador eleito pelo PSD à Câmara Municipal de
Croatá foram cassados por fraude nas candidaturas femininas.
(DN/Politica)
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