A maioria dos reajustes salariais negociados em setembro (75,1%) tiveram correção igual ou acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os que ficaram abaixo da inflação, portanto, representaram 25%, sendo a menor marca desde junho de 2020. Os números constam no boletim Salariômetro – Mercado de Trabalho e Negociações Coletivas, divulgado mensalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O INPC acumulado nos últimos 12
meses ficou em 8,8%, mesmo índice do reajuste mediano. Em setembro, foram
negociados 445 acordos. Cerca de 65% dos reajustes do ano ficam a uma distância
de 1 ponto percentual, para mais ou para menos, da inflação calculada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, foram
feitas 15.336 negociações. O piso salarial mediano de setembro ficou em
R$1.488. Nos últimos 12 meses, o valor mediano é R$ 1.459.
Entre os dados divulgados, a Fipe
apresenta também a prévia do salariômetro de outubro. A previsão é que o
reajuste médio fique em 8,3%, sendo que 65,9% das negociações devem ficar acima
do INPC. Até o fechamento do boletim, foram reunidos 85 instrumentos para o cálculo
da prévia. Nesse sentido, os resultados preliminares podem se alterar com
outras informações agregadas. Para a data-base de outubro, a inflação deve
ficar em 7,2%.
De janeiro a setembro, o setor
que teve maior reajuste mediano real por atividade foi a indústria de
joalheria, com seis instrumentos e índice de 0,76% acima da inflação. Em
seguida está o setor de vigilância e segurança privada, com 0,32% de ganho
real. Na outra ponta da lista estão as empresas jornalísticas que, no ano,
tiveram índice de reajuste mediano real de -3,92%.
Metodologia
O acompanhamento das negociações
coletivas é feito por meio de acordos e convenções registrados no Mediador do
Ministério da Economia.
A Fipe coleta os dados e informações disponíveis no sistema, tabula e organiza os valores observados para 40 resultados da negociação coletiva, reunidos em acordos e convenções, e também por atividade econômica e setores econômicos.
*(Agência Brasil)
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