Ceará Acontece: Municípios têm um mês para atualizar leis para a eleição dos Conselhos Tutelares

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Municípios têm um mês para atualizar leis para a eleição dos Conselhos Tutelares

 

MPCE promove vento sobre processo de escolha de membros do Conselho Tutelar 2023 (foto: reprodução/ Ascom/mpce)

Os 184 municípios do Ceará têm até 3 de abril para atualizarem suas legislações de forma a garantir a eleição de conselheiros tutelares em 2023, que deve ocorrer em outubro. Em dezembro passado, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) aprovou nova resolução que regulamenta as atividades e o processo de escolha dos conselheiros. As mudanças devem ser incorporadas na esfera municipal.                               

 

As orientações foram apontadas durante reunião na manhã desta terça-feira, 28, que tratou sobre a a Resolução nº 231/2022 do Conanda. "São diretrizes não só de como deve ser a eleição nos Conselhos, mas também de como devem funcionar e sobre o que lhes cabe", diz Mônica Gondim, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedca-CE).


"Teremos outros momentos de orientação para que, em outubro, a gente tenha uma eleição tranquila, participativa e com as pessoas sabendo qual sua verdadeira função", continua.


O encontro reuniu representantes dos conselhos municipais de direitos das crianças e adolescentes de todo o Ceará. "Eles são os responsáveis por conduzir, de forma eficiente, eficaz e transparente, o processo de eleição dos conselheiros tutelares", explica Lucas Azevedo, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (Caopij) do Ministério Público do Ceará (MPCE).


"Queremos envolver mais a sociedade civil para que a população vote com maior peso nessa eleição, uma vez que o voto é facultativo. Além disso, queremos qualificar aqueles candidatos que querem ser conselheiros tutelares", explica o procurador. "Acreditamos que aquelas pessoas que realmente estão imbuídas do propósito de trabalhar em prol das crianças e dos adolescentes, defendendo-os, se sentirão mais motivados a participar do pleito."


Em relação ao prazo para a atualização das legislações municipais, Azevedo afirma que é possível cumprir as datas. "Se os prefeitos enviarem o projeto de lei logo e pedirem urgência nas Câmaras, dá tempo. A Constituição Federal diz em um único momento que existe o princípio da prioridade absoluta: quando trata de crianças e adolescentes", enfatiza.


Para Eulógio Neto, presidente da Associação dos Conselheiros e ex-Conselheiros Tutelares do Ceará (Acontesce), "em muitos municípios, os Conselhos ainda estão na época do disquete". "Quanto mais distante da Capital, maiores são as violações direitos e há menos estrutura para garantir o direito violado", aponta. "É necessário comprometimento. Se tiver sensibilidade dos gestores, o Conselho funciona. Se não tiver, não funciona."

Com informações O POVO


Nenhum comentário: