MPCE promove vento sobre processo
de escolha de membros do Conselho Tutelar 2023 (foto: reprodução/ Ascom/mpce) |
Os 184 municípios do Ceará têm
até 3 de abril para atualizarem suas legislações de forma a garantir a eleição
de conselheiros tutelares em 2023, que deve ocorrer em outubro. Em dezembro
passado, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda)
aprovou nova resolução que regulamenta as atividades e o processo de escolha
dos conselheiros. As mudanças devem ser incorporadas na esfera municipal.
As orientações foram apontadas
durante reunião na manhã desta terça-feira, 28, que tratou sobre a a Resolução
nº 231/2022 do Conanda. "São diretrizes não só de como deve ser a eleição
nos Conselhos, mas também de como devem funcionar e sobre o que lhes
cabe", diz Mônica Gondim, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da
Criança e do Adolescente do Ceará (Cedca-CE).
"Teremos outros momentos de orientação para que, em outubro, a gente tenha uma eleição tranquila, participativa e com as pessoas sabendo qual sua verdadeira função", continua.
O encontro reuniu representantes
dos conselhos municipais de direitos das crianças e adolescentes de todo o
Ceará. "Eles são os responsáveis por conduzir, de forma eficiente, eficaz
e transparente, o processo de eleição dos conselheiros tutelares", explica
Lucas Azevedo, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e
Juventude (Caopij) do Ministério Público do Ceará (MPCE).
"Queremos envolver mais a sociedade civil para que a população vote com maior peso nessa eleição, uma vez que o voto é facultativo. Além disso, queremos qualificar aqueles candidatos que querem ser conselheiros tutelares", explica o procurador. "Acreditamos que aquelas pessoas que realmente estão imbuídas do propósito de trabalhar em prol das crianças e dos adolescentes, defendendo-os, se sentirão mais motivados a participar do pleito."
Em relação ao prazo para a
atualização das legislações municipais, Azevedo afirma que é possível cumprir
as datas. "Se os prefeitos enviarem o projeto de lei logo e pedirem
urgência nas Câmaras, dá tempo. A Constituição Federal diz em um único momento
que existe o princípio da prioridade absoluta: quando trata de crianças e
adolescentes", enfatiza.
Para Eulógio Neto, presidente da
Associação dos Conselheiros e ex-Conselheiros Tutelares do Ceará (Acontesce),
"em muitos municípios, os Conselhos ainda estão na época do
disquete". "Quanto mais distante da Capital, maiores são as violações
direitos e há menos estrutura para garantir o direito violado", aponta.
"É necessário comprometimento. Se tiver sensibilidade dos gestores, o Conselho
funciona. Se não tiver, não funciona."
Com informações O POVO
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