O Comando desenvolve, junto à Divisão de Proteção ao Estudante (Dipre), da Polícia Civil, o monitoramento e identificação de quem divulga ameaças às escolas no Estado - Foto: divulgação |
Rodas de conversa, visitas, palestras e integração entre escola,
polícias e comunidade: o diálogo é uma das medidas que buscam transformar
rotinas nas escolas cearenses. A ação conjunta das secretarias da Educação e da
Segurança Pública desenvolve formas de compreender as necessidades dos
estudantes e de coibir possíveis ocorrências.
Cultura de paz
Integrante do Comando de Proteção e Apoio às Comunidades (Copac), da
Polícia Militar do Ceará, o Grupo de Segurança Escolar (GSE) oferece
atendimento qualificado às demandas escolares, policiamento e patrulhamento no
entorno das escolas e mediação de conflitos intraescolares, além de reuniões,
palestras e contato direto com a comunidade escolar, desenvolvendo uma política
de proximidade entre policiais, professores, estudantes e pais.
“Temos algumas experiências exitosas, como o grupo de Whatsapp onde estão todos os diretores e a equipe de segurança escolar do território, com acesso via telefone ou whatsapp às equipes que fazem a segurança da região, a fixação dos policiais no território e, principalmente, com a qualificação dos agentes que atuam neste grupo focada em mais sensibilidade às demandas escolares, diferenciando um ato de indisciplina de um ato infracional ou crime, fortalecendo os vínculos naquele local”, detalha o major Messias Mendes, comandante do Copac.
De fevereiro a dezembro de 2022, o GSE realizou 10.379 visitas a
escolas em Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Maranguape e Sobral, onde o Copac
está instalado. Somente no primeiro trimestre deste ano, foram 1.786
acompanhamentos. Para o sargento Herlando Alves, que compõe uma das equipes do
GSE, a constância no relacionamento com as escolas mostra resultados
satisfatórios: “Realizamos um acompanhamento semanal e disponibilizamos nosso
contato a diretores e professores, além do 190”, disse.
O Comando desenvolve, junto à Divisão de Proteção ao Estudante
(Dipre), da Polícia Civil, o monitoramento e identificação de quem divulga
ameaças às escolas no Estado. “Além dessa identificação, dispomos de uma equipe
que dialoga com as comissões de proteção e prevenção à violência instituídas no
Estado pela lei 17.253, de 2020, oferecendo orientações e palestras aos alunos
para evitar a disseminação de discursos odiosos e discriminatórios no ambiente
escolar. Hoje, 90% das nossas ocorrências estão relacionadas ao mau uso das
redes sociais. É com a educação que a gente muda essa realidade”, afirma o
inspetor Cláudio Marques, diretor da Dipre.
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