Ceará Acontece: Cid Gomes não aceita destituição da presidência do PDT e anuncia convocação para eleição de novo diretório; vídeo

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Cid Gomes não aceita destituição da presidência do PDT e anuncia convocação para eleição de novo diretório; vídeo

 

Destituição do senador da presidência da sigla causou revolta em aliados- Imagem: captura de tela

Depois de uma reunião do Diretório Estadual do PDT Ceará que terminou em briga, o deputado federal André Figueiredo destituiu o senador Cid Gomes do comando do partido e voltou ao cargo de presidente estadual da sigla, acumulando também a posição de presidente nacional. Apenas algumas horas depois, Cid anunciou, após encontros com aliados na tarde dessa segunda-feira (2), que convocará reunião do Diretório Estadual para eleger uma nova direção para o partido no Ceará, ainda sem data definida.


O senador publicou um vídeo em uma rede social ao lado de vários pedetistas reafirmando a posição do grupo. “Tenho a firme convicção de que há um sentimento amplamente majoritário no partido que se faz representar aqui”, disse.

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Cid não aceitou o argumento de André que ele teria quebrado acordos feitos ao assumir a sigla em em julho deste ano.

 

“Fui surpreendido ,sem nenhum aviso, sem comunicação, de que ele retornava à presidência e alegava que três compromissos de minha parte que não teriam sido cumpridos. Isso não é verdade, não procede essa informação. Eu assumi um único compromisso que ele permaneceria, na eleição do diretório, com a nova Executivo com meu apoio”, disse Gomes.


Na última sexta-feira (29), os membros do Diretório no Ceará fizeram uma reunião a portas fechadas, terminando em briga, com o grupo alinhado a André Figueiredo e Roberto Cláudio se retirando do local. As discussões teriam começado quando Cid pautou a decisão de o PDT apoiar ou não o governo de Elmano de Freitas (PT).

 

O assunto causou um tumulto e o presidente nacional da sigla, André Figueiredo, então licenciado da Presidência estadual, pediu que o assunto fosse retirado da pauta. Atualmente, o PDT adota uma postura oficial de independência em relação ao Governo do Estado.


Porém, a bancada da legenda na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) é composta, na maioria, por membros da base. Tanto é que o líder do governo no parlamento estadual, o deputado Romeu Aldigueri, é um pedetista.

 

Cid lidera esse grupo que é favorável ao apoio formal ao governo e, portanto, a uma aproximação com o PT. André Figueiredo é contra, alinhando-se como grupo do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que preside o partido em Fortaleza.


Em julho, André e Cid haviam feito um acordo após dura batalha pela Presidência do PDT no Ceará. Como pano de fundo das dissidências, o apoio ou não ao governador Elmano de Freitas e o nome que vai disputar a Prefeitura de Fortaleza em 2024.

 

Em nota enviada à imprensa, André disse que a decisão de destituir Cid foi devido a, segundo ele, “tentativas sem sucesso de restabelecer a união partidária”. Muitos pedetistas se pronunciaram sobre o caso, que é mais um capítulo da saga da divisão no partido.

 

“Liderança máxima do PDT no Estado, responsável por todo o sucesso de formação de novos líderes e pela referência nacional e internacional da educação cearense que surpreendeu todo o Brasil, o senador Cid Gomes foi retirado do lugar onde tentava construir o diálogo, a unificação partidária, apaziguar ânimos e fazer avançar o projeto”, disse o deputado estadual e líder do governo na Alece, Romeu Aldigueri.


O prefeito de Fortaleza, José Sarto, também comentou o momento que o partido vive. “Quando há divergência no que concerne ao projeto, aí eu acho que as pessoas devem se readequar e procurar a melhor trajetória que eles assim desejam”.

Coletiva

* (O ESTADO)

 

 


 

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