A mulher da cidade de Itaitinga,
que estava grávida de oito meses, teve que esperar das 3h às 6h enquanto tinha
sangramento (Foto: Reprodução) |
Uma mulher grávida de oito meses
perdeu o bebê, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), após uma série de
dificuldades envolvendo o transporte na ambulância para uma unidade hospitalar.
A gestante é do município de Itaitinga e teve que ser transferida para a
capital, mas não foi socorrida a tempo de salvar a criança.
Conforme relato dos familiares, a
mulher começou a sangrar durante a madrugada, por volta das 3h. Nesse momento,
ela foi levada para o Hospital e Maternidade Ester Cavalcante Assunção, em
Itaitinga, onde esperou atendimento até as 6h, tomando soro. Nesse horário, a
ambulância chegou para levá-la para outra unidade hospitalar – a ambulância, no
entanto, quebrou.
Depois disso, um carro do Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local para dar suporte, mas
não pôde levar a paciente. Isso porque, segundo os profissionais do Samu, o
caso da mulher grávida era grave e portanto ela não poderia ser levada em uma
ambulância comum, apenas em uma do tipo UTI, que é equipada para transportar
pessoas em situações de risco acentuado.
Com isso, ela foi levada de volta
para o hospital de onde havia saído, em Itaitinga. “Ela ainda andou em uns três
hospitais, que não recordo agora. Todo mundo tá muito nervoso, abalado, tentando
entender o que aconteceu”, conta uma familiar da gestante.
No fim das contas, a paciente só
foi levada para o Hospital Geral Dr. César Cals por volta das 9h, e foi
encaminhada direto para a sala de cirurgia. No entanto, não havia mais o que
fazer, pois o bebê já estava sem vida. “E até agora a gente não tem notícias da
mãe, disseram que está sedada e que está bem, e a gente tem que esperar o
período pra saber como vai ser, como vai proceder. E eu tô revoltada, porque
acho um descaso total”, diz ainda a parente.
GCMais
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