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O Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu hoje (29) proibir uso do amianto do tipo crisotila, material
usado na fabricação de telhas e caixas d’água. A decisão dos ministros foi
tomada para resolver problemas que surgiram após a decisão da Corte que
declarou a inconstitucionalidade de um artigo da Lei Federal 9.055/1995, que
permitiu o uso controlado do material.
Com a decisão, tomada por 7
votos a 2, não poderá ocorrer a extração, a industrialização e a
comercialização do produto em nenhum estado do país. Durante o julgamento não
foi discutido como a decisão será cumprida pelas mineradoras, apesar do pedido
feito por um dos advogados do caso, que solicitou a concessão de prazo para
efetivar a demissão de trabalhadores do setor e suspensão da comercialização.
Em agosto, ao começar a julgar
o caso, cinco ministros votaram pela derrubada da lei nacional, porém, seriam
necessários seis votos para que a norma fosse considerada inconstitucional.
Dessa forma, o resultado do julgamento provocou um vácuo jurídico e o uso do
amianto ficaria proibido nos estados onde a substância já foi vetada, como em
São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, mas permitida onde não há lei
específica sobre o caso, como em Goiás, por exemplo, onde está localizada uma
das principais minas de amianto, em Minaçu.

De acordo com o Ministério
Público do Trabalho (MPT) e outras entidades que defendem o banimento do
amianto, apesar dos benefícios da substância para a economia nacional – geração
de empregos, exportação, barateamento de materiais de construção -, estudos
comprovam que a substância é cancerígena e causa danos ao meio ambiente.
Fonte: Agência Brasil
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