O ministro da Economia Paulo
Guedes pediu desculpas aos servidores públicos brasileiros após declaração
polêmica na sexta feira e afirmou que seu objetivo “jamais foi ofender as
pessoas que cumprem seus deveres”.
“Me expressei mal e peço
desculpas não só aos meus queridos familiares e amigos mas a todos os
exemplares funcionários públicos a quem eu possa descuidadamente ter ofendido”,
disse Guedes à agência de notícias Reuters, nesta segunda-feira.
O ministro ressaltou que sua
avaliação sobre os ganhos e privilégios do funcionalismo público brasileiro
feita durante palestra na FGV -quando usou a expressão “parasita”- tinha como
foco governos estaduais e municipais, e não os servidores públicos.
“Eu não falava das pessoas, mas
sim de casos extremos em que Estados e municípios gastam toda a sua receita com
salários elevados de modo que nada sobrava para educação, saúde, segurança e
saneamento”, disse ele à Reuters.
Na sexta feira, ao falar sobre
privilégios do funcionalismo, o ministro afirmou que “o hospedeiro está
morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer
aumento automático. A população não quer isso”.
As declarações geraram
manifestações contrárias de entidades que representam categorias do
funcionalismo e, no fim da tarde de sexta, o ministério divulgou nota afirmando
que a fala de Guedes havia sido tirada de contexto.
A polêmica acontece em momento
em que o governo finaliza projeto de reforma administrativa em que proporá
mudanças nas regras de reajustes salariais e de promoções para novos
servidores. O texto, segundo afirmou Guedes, será enviado à Câmara nesta semana.
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