Em sua conta no Twitter, na
manhã deste sábado (25), Lula disse que Bolsonaro é “cria” de Moro e não o
contrário. (Foto: reprodução)
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O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva elegeu o ex-ministro Sérgio Moro, seu algoz, e não o presidente
Jair Bolsonaro como alvo principal na crise causada pela demissão do titular da
Justiça.
Em reunião com a executiva
nacional e representantes das bancadas do PT na Câmara e no Senado, sexta-feira
à noite (24), Lula usou a maior parte de sua fala para atacar Moro. Segundo
participantes da reunião, o ex-presidente decidiu falar no começo da conversa e
não no final, como é de costume. Lula fez um aparte durante a manifestação da
presidente do partido, Gleisi Hoffmann, primeira a falar e imediatamente partiu
para o ataque contra Moro.
De acordo com relatos, aos
palavrões, Lula passou a enumerar atos de Moro contra ele próprio e o PT desde
o início da Lava Jato. Em certo momento, o ex-presidente disse que Moro tinha
ligações com o governo dos EUA quando era juiz, mas não chegou a vincular essas
ligações com a forma belicosa como o ex-juiz deixou o governo.
Em sua conta no Twitter, na
manhã deste sábado (25), Lula disse que Bolsonaro é “cria” de Moro e não o
contrário.
“Não pode haver inversão da
história. O Bolsonaro é filho do Moro, e não o Moro cria do Bolsonaro. Nessa
disputa toda, os dois são bandidos, mas é o Bolsonaro que é a cria e não o
contrário. E os dois são filhos das mentiras inventadas pela Globo”, postou o
ex-presidente.
Moro foi o responsável pela
condenação de Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, em 2017. A pena foi
aumentada pelo Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) para 12 anos e
depois reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para oito anos e dez
meses.
A condenação levou Lula a ficar
preso por um ano e meio na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e impediu
o petista de disputar a eleição presidencial de 2018, quando era líder nas
pesquisas Lula sempre negou irregularidades no caso do tríplex e alega que Moro
forçou a condenação para tirá-lo da disputa eleitoral, o que abriu caminho para
a vitória de Bolsonaro.
(O Tempo)
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