Ministro da Educação Milton Ribeiro (Foto: reprodução) |
O ministério da Educação irá
revogar a portaria, divulgada na manhã desta quarta-feira (02/12), que
determinava o retorno das aulas das universidades a partir de janeiro de 2021.
Em entrevista à CNN, o ministro da Educação Milton Ribeiro afirmou que a pasta
irá abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico antes de tomar uma
nova decisão.
O ministério foi criticado por
universidades públicas e federais do Brasil, que se recusaram a voltar às aulas
por conta da pandemia de Covid-19 que ainda acontece mundialmente e no Brasil.
“Quero abrir uma consulta
pública para ouvir o mundo acadêmico. As escolas não estavam preparadas,
faltava planejamento”, disse o ministro à CNN. De acordo com ele, o ministério
irá liberar o retorno às aulas somente quando as instituições também estiverem
confiantes de que as aulas possam ocorrer com segurança.
Antes de publicar a portaria
desta quarta-feira, o ministro informou ter consultado mantenedores de
universidades e que não esperava tanta resistência. “A sociedade está
preocupada, quero ser sensível ao sentimento da população”, explicou.
Retorno às aulas em janeiro
Na manhã desta quarta-feira
(02/12), uma portaria foi publicada no Diário Oficial da União determinando que
instituições federais de ensino superior voltassem às aulas presenciais a
partir de 4 de janeiro de 2021.
Para isso, as instituições
deveriam adotar um “protocolo de biossegurança”, definido na Portaria MEC nº
572, de 1º de julho de 2020, contra a propagação da Covid-19, doença causada
pelo coronavírus.
O documento estabelecia ainda a
adoção de recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e
comunicação ou outros meios convencionais, que deverão ser “utilizados de forma
complementar, em caráter excepcional, para integralização da carga horária das
atividades pedagógicas”.
Durante o decorrer do dia,
representantes de instituições como a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a
Universidade Federal da Bahia (UFBA) recusaram atender ao pedido federal de
retorno às aulas no próximo mês. Com a nova decisão do ministério, ainda não há
previsão de quando as consultas públicas irão acontecer e de quando as aulas
presenciais nas universidades poderão retornar.
(Com informações/ O Povo)
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