Vereadores teriam sido eleitos com fraude em cota de gênero, gerando "candidaturas fictícias" |
A Justiça Eleitoral poderá anular
votos, cassar mandatos e declarar inelegíveis por oito anos todos os vereadores
e suplentes do PL-Martinópole, no Litoral Norte do Estado.
De acordo com o despacho do juiz
Eleitoral, Hugo Gutparakis de Miranda, que responde pela 25ª Zona Eleitoral, sediada
no município de Granja, a audiência de instrução será realizada quinta-feira, 17 de junho, onde serão
ouvidas as testemunhas da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra
os vereadores eleitos pelo Partido Liberal - PL, que disputou as eleições
municipais de 2020 em Martinópole.
LEIA TAMBÉM: MPE pede cassação dos vereadores eleitos pelo PL em Martinópole por fraude eleitoral à cota de gênero
Segundo Ação de Investigação
Judicial Eleitoral (AIJE) nº 0600373-32.2020.6.06.0025, nas Eleições Municipais
de 2020, vereadores teriam sido eleitos com fraude em cota de gênero, gerando
“candidaturas fictícias”, o que foi reconhecido por “presença de provas
robustas”.
Se os mandatos forem cassados, será
feita a retotalização dos votos, com novo cálculo do quociente eleitoral a fim
de se reajustar a distribuição das vagas na Câmara de Vereadores de Martinópole,
considerando os votos válidos remanescentes, excluídos os que foram declarados
nulos em razão da fraude à cota de gênero, certificando nos autos os candidatos
aptos a assumirem as vagas dos promovidos então eleitos no parlamento
martinopolense.
Nos municípios de Croatá, Pacatuba e Nova
Russas, os vereadores tiveram os mandatos cassados pela Justiça
Eleitoral. Croatá foi a primeira cidade a ter decisão nesse sentido, sendo
também a primeira registrada no Estado. Seguindo o que determina a Lei
Eleitoral, os vereadores de Martinópole podem também perder os mandatos.
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