Os encontros regionais poderiam
ocasionar ainda mais desgastes nessa reta final de escolha do nome pedetista. |
O PDT pretendia realizar 12
encontros regionais em todo o Estado apresentando os quatro nomes da sigla para
um deles ser o candidato da legenda ao Palácio da Abolição.
A estratégia foi montada quando
Camilo Santana (PT) ainda era o governador do Ceará. A caravana de encontros
regionais era comandada pelo senador Cid Gomes (PDT-CE) e pelo presidente
estadual da agremiação, deputado federal André Figueiredo.
Nos encontros, evitava-se apontar
às preferências por nomes e os quatro pré-candidatos faziam breves
apresentações. A então vice-governadora Izolda Cela, o ex-prefeito de
Fortaleza, Roberto Cláudio, o deputado federal Mauro Filho e o presidente da
Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão.
Tudo transcorria normalmente até
o dia em que o prefeito de Fortaleza José Sarto (PDT), deu uma declaração
aberta de apoio ao ex-prefeito Roberto Cláudio. Camilo ainda como governador
intensificou a divulgação do nome de
Izolda Cela, criou-se um clima de competição interna no PDT e, o Partido dos
Trabalhadores, através do deputado federal José Guimarães terminou de aumentar
as labaredas de fogo de uma fogueira que já estava alta.
O PDT, ainda teria mais dois
encontros regionais programados, um para Sobral e outro para Itarema. A essa
altura e com um clima que ainda não anda muito amistoso, o ideal seria
parafrasear Odorico Paraguassu, de o Bem-Amado: ” vamos botar de lado os
entretantos e partir para os finalmente”.
Os encontros regionais poderiam
ocasionar ainda mais desgastes nessa reta final de escolha do nome pedetista.
Cid Gomes sempre disse que o nome
escolhido deve estar melhor colocado nas pesquisas e ter aceitação do bloco de
partidos aliados. Até ai, existe um empate técnico entre Izolda Cela e Roberto
Cláudio, de acordo com a última pesquisa Real Time Big Data, Roberto estaria um
pouco a frente de Izolda, mas ela leva vantagem em relação ao bloco de apoio
dos partidos aliados. A grande questão agora é saber qual será o terceiro
quesito que deve definir a escolha.
Ciro Gomes continua sendo a maior
referência política do Ceará, sobretudo, para a escola dos seguidores da
família Ferreira Gomes, mas, hoje, Camilo Santana é sem dúvida o maior cabo
eleitoral da atualidade, com uma preferência de 67% das intenções de voto para
o Senado, segundo a Big Data.
Com o impasse na definição dos
nomes e a necessidade de baixar a temperatura da fogueira que ainda está alta
nestas festas juninas, os encontros regionais do PDT, perderam realmente o
sentido. Talvez fosse melhor o partido além das rodadas de pesquisas, realizar
uma eleição indireta e secreta entre os deputados, prefeitos, vice-prefeitos e
vereadores do PDT e legendas aliadas para escolher o nome que vai para disputa,
tirando o peso das costas dos caciques das duas siglas, que também queimam nas
mesma fogueira das vaidades.
(Por Reginaldo Silva/Ceará Noticias)
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