Pela prática, empresa foi multada
em R$ 12, 2 milhões (Foto: Mike Segar/Reuters) |
A venda de iPhones sem
carregadores de bateria está proibida em todo território nacional. A decisão foi
publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (6), em processo aberto
em dezembro do ano passado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon),
ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A pasta também aplicou
multa à Apple Computer Brasil no valor de R$ 12, 2 milhões e determinou a
cassação do registro na Anatel dos smartphones da marca a partir do modelo
iPhone12. A informação é da
A Apple foi processada por vender
os smartphones, desde o iPhone 12, sem o carregador de energia para tomada de
parede. As acusações são de venda casada, venda de produto incompleto ou
despido de funcionalidade essencial, recusa da venda de produto completo
mediante discriminação contra o consumidor e transferência de responsabilidade
a terceiros.
Na defesa, a Apple alegou que a
decisão de não fornecer os carregadores de bateria em conjunto com os
smartphones teria sido por preocupação ambiental, para estimular o consumo
sustentável. Mas para a Senacon, os argumentos apresentados não foram
suficientes, uma vez que a decisão da empresa de vender os aparelhos sem
carregador acabou por transferir ao consumidor todo o ônus. Segundo o órgão, a
fabricante poderia tomar outras medidas para a redução de impacto ambiental,
como o uso do conector de cabos e carregadores tipo USB-C, adotados como padrão
pela indústria atualmente.
Segundo a Senacon , mesmo com a
aplicação de multas pelos Procons de Santa Catarina, São Paulo (SP), Fortaleza
(CE) e Caldas Novas (GO), e de condenações judiciais, a Apple, até hoje, não
tomou nenhuma medida para minimizar o dano e segue vendendo aparelhos celulares
sem carregadores. Também ressalta que outros fabricantes foram processados e
que eles têm apresentado propostas para solução. “Caso persista nas infrações,
a Apple poderá ser considerada reincidente, com a aplicação de novas punições
ainda mais graves”, informou o Ministério da Justiça. A empresa ainda pode
recorrer da decisão.
Procurada pela Agência Brasil,
até o fechamento da reportagem, não houve retorno da Apple sobre o assunto.
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