Ceará Acontece: PF prende três pessoas por fraude no auxílio-doença no Piauí e Ceará; prejuízo de R$ 20 milhões

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

PF prende três pessoas por fraude no auxílio-doença no Piauí e Ceará; prejuízo de R$ 20 milhões

 

Médico perito e mais dois são presos suspeitos de fraudar auxílio-doença do INSS — Foto: Polícia Federal

Três pessoas foram presas pela Polícia Federal suspeitas de executar um esquema para fraudar benefícios de auxílio-doença do INSS durante a Operação Raque, deflagrada nesta sexta-feira (23) em Parnaíba, no litoral do Piauí. Entre os presos está um médico-perito, suspeito de criar perícias falsas.

 

Além das prisões, os policiais fizeram buscas em cinco endereços ligados aos investigados em Parnaíba, no Piauí, e nas cidades de Chaval e Camocim, no litoral do Ceará. Durante as buscas foram encontradas uma pistola e um rifle, além de R$ 65 mil em espécie e dois carros.

Polícia apreendeu armas, cerca de R$ 65mil em dinheiro e dois carros durante o cumprimento dos mandados — Foto: Polícia Federal

Os criminosos teriam criado benefícios de incapacidade temporária fraudulentos. Eles usavam doenças de coluna como motivo para os benefícios. Segundo a PF, foram encontrados 386 benefícios fraudados, que causaram cerca de R$ 20 milhões de prejuízo ao INSS.

 

As investigações apontaram o envolvimento de dois servidores do INSS, sendo um médico perito, que supostamente fraudava a concessão dos benefícios do auxílio-doença. O levantamento feito pela Polícia Federal é que 386 benefícios do auxílio estavam supostamente atrelados à associação criminosa. O prejuízo até o momento é de R$ 20 milhões.

Parte do material apreendido pela Polícia Federal - divulgação / PF


 Após as investigações foi determinada a suspensão judicial de 56 benefícios ainda ativos que, caso não suspensos, poderiam provocar um prejuízo potencial superior a R$ 880 mil ao INSS.

Também foi determinado o bloqueio judicial das contas bancárias dos CPFs de três pessoas envolvidas nas fraudes identificadas e o afastamento de dois servidores públicos do INSS de suas funções.

 

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos, falsidade ideológica e estelionato majorado.

Médico perito e mais dois são presos suspeitos de fraudar auxílio-doença do INSS — Foto: Polícia Federal


 O nome RAQUE, que significa “coluna vertebral”, foi escolhido pelo fato de os investigados utilizarem doenças na coluna como motivo para concessão dos benefícios fraudados. A operação mobilizou mais de 20 policiais federais.



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