Metrópoles/Foto: reprodução |
O corregedor-geral de Justiça do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, deu três dias
para que o filho 02 do presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos Bolsonaro
(Republicanos), manifeste-se sobre o uso político-eleitoral de seus perfis nas
redes sociais e o pedido da campanha do PT para que suas contas sejam
suspensas.
A decisão ocorre após a coligação
de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitar ao TSE que perfis que espalham
desinformação sejam removidos das plataformas.
Na decisão, o ministro determinou
ainda que o YouTube estabeleça, em 24 horas, a desmonetização dos canais Brasil
Paralelo, Foco do Brasil e Folha Política e, caso ainda ativa, do canal Dr.
News. Os valores devem ser direcionados, até 31 de outubro, para conta judicial
vinculada ao TSE, sob pena de multa diária de R$ 20 mil.
Os canais Brasil Paralelo, Foco
do Brasil e Folha Política, também devem cessar em 24 horas o impulsionamento
de quaisquer conteúdos político-eleitorais que produzam, especialmente envolvendo
os candidatos Jair Messias Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, seus partidos
e apoiadores. A multa diária por descumprimento é de R$ 50 mil.
O canal Brasil Paralelo também
deve deixar de exibir o documentário “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?”, sob
pena de multa diária de R$ 500 mil.
Ao todo, a Ação de Investigação
Judicial Eleitoral (Aije) protocolada pela candidatura de Lula solicita a
investigação de 40 atores integrantes do que foi chamado pela coligação de
“rede de desinformação”.
O documento apresenta gráficos e
tabelas sobre a suposta rede de “fake news”, com o nome de Carlos Bolsonaro
como coordenador do esquema. Carlos é acusado de “produzir, veicular, financiar
e estimular o compartilhamento de conteúdos desinformativos”.
O vereador licenciado mantém um
canal no Telegram com quase 110 mil inscritos, utilizando-o com o “repositório
de determinadas publicações feitas por ele no Twitter e, de forma recorrente,
desinformações conhecidas desta Corte Eleitoral”, que podem ser facilmente pesquisadas
por quaisquer dos assinantes a despeito das determinações do TSE para que
conteúdos sejam removidos.
A coligação de Lula cita ainda
Carla Zambelli (PL-SP), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal
eleito Nikolas Ferreira (PL-MG), o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles
e o empresário Leandro Ruschel como integrantes da rede de informações falsas
despejadas na web.
Nenhum comentário:
Postar um comentário