(Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) |
Os economistas Pérsio Arida e
André Lara Resende vão participar formalmente da equipe de transição do
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou o vice-presidente
eleito Geraldo Alckmin (PSB) a pessoas próximas.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS)
também participará do grupo que vai fazer o processo de troca entre governos,
colaborando na área de desenvolvimento social. Ela se reuniu com Alckmin nesta
terça-feira (8).
Na segunda-feira (7), a Folha
mostrou que a parlamentar já havia sido sondada pelo vice-presidente eleito.
Durante o encontro, Alckmin disse a Tebet que ela poderia atuar e opinar na
área que quisesse durante a transição. A senadora afirmou, então, que gostaria
de trabalhar com temas ligados à assistência social.
A equipe de transição deverá ter
até cinco grandes comissões, que serão subdivididas em grupos menores.
O setor que tratará de economia
deve ter quatro nomes principais. Além de Pérsio e André Lara, o economista
Guilherme Mello, professor da Unicamp e ligado ao PT, também fará parte da
equipe. O quarto nome ainda está em definição.
Pérsio Arida chegou a ser citado
entre os nomes considerados para assumir a economia. Ele é próximo de Alckmin,
vice-presidente eleito e coordenador da transição.
O economista é um dos pais do
Plano Real -medida que acabou com o cenário de hiperinflação nos anos 90, na
transição dos governos Itamar Franco (1992-1994) e Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002)- e declarou voto em Lula no segundo turno.
Já o economista André Lara
Resende, outro integrante da equipe pai do Real que apoiou Lula, não deve ter
cargo de gestão. Pode ser indicado para representar o Brasil em algum organismo
internacional, como o Banco Mundial ou o FMI (Fundo Monetário Internacional),
ou atuar como um formulador de políticas públicas.
O PSB indicou para a equipe o
próprio presidente da sigla, Carlos Siqueira, o prefeito de Recife, João
Campos, e o ex-governador de São Paulo Márcio França. O objetivo foi contemplar
dois estados em que o PSB tem força.
França também é cotado para
ocupar algum ministério de Lula. São citadas como opções a pasta de Ciência e
Tecnologia, Desenvolvimento Indústria e Comércio, além de Cidades.
No desenho já definido da transição,
a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, esposa do petista, deverá atuar na
organização da cerimônia de posse.
Aloizio Mercadante deve coordenar
esses núcleos de discussão temática. A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) deverá
coordenar as relações institucionais da transição.
Lula deve ir a Brasília na noite
desta terça (8), onde se reunirá com a presidente do STF (Supremo Tribunal
Federal), Rosa Weber, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco.
O périplo serviria como
demonstração de respeito às instituições.
(Ulia Chaib, Bruno Boghossian e Renato Machado – Folhapress)
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