Ceará Acontece: Mpox: Ceará tem média de 3 casos por dia em seis meses

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Mpox: Ceará tem média de 3 casos por dia em seis meses

 

Maioria dos casos é registrada em homens jovens. Do total, 73,2% das confirmações são de moradores de Fortaleza. A Mpox pertence ao gênero orthopoxvirus(foto: Fiocruz/Direitos reservados)

Desde a introdução do vírus no Ceará, já foram confirmados 579 casos de Mpox. Do total, 73,2% são de residentes de Fortaleza. O primeiro caso foi confirmado oficialmente no dia 29 de junho de 2022. Em seis meses, o Estado registrou três novos casos por dia, em média. Segundo o IntegraSUS, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), até a última segunda-feira, 9, um caso foi confirmado neste ano.


O maior número de casos foi confirmado na semana epidemiológica 36, no início de setembro, quando 76 pessoas tiveram diagnóstico positivo para a doença. Ao todo, 2.016 notificações de suspeitas foram realizadas. Outros 1.197 casos foram descartados. Atualmente, nove ainda são considerados suspeitos, em investigação.


A maioria (59%) dos pacientes apresenta erupção cutânea como um dos sinais e sintomas: 342. A febre vem em segundo lugar, em 285 casos (49%) registrados. Em seguida, lesões genitais ou perianais foram relatadas por 216 pacientes (37%).


Veja casos por sexo e faixa etária no Ceará

A grande maioria dos casos é registrada em homens jovens (ver gráfico). Foram 391 confirmações em homens de 20 a 39 anos, o que equivale a 67% do total. Contudo, qualquer pessoa pode se infectar com o vírus Mpox. Dos pacientes, 61 são mulheres; dez têm entre zero e nove anos; 28 têm de dez e 19 anos; e seis têm 60 anos ou mais.


 Mudança na nomenclatura

A infecção antes era chamada de varíola dos macacos — monkeypox, em inglês. A Organização Mundial de Saúde (OMS) orientou a mudança para uso de "Mpox" em todos os idiomas em novembro de 2022.


Segundo a entidade, a alteração é importante para evitar o uso de linguagem racista e estigmatizante, além de ataques contra os animais.


A varíola do macaco recebeu esse nome porque foi originalmente identificada em macacos destinados à pesquisa na Dinamarca em 1958, mas a doença se desenvolve mais comumente em roedores.

 

Saiba mais sobre a doença. Como é transmitida?

- Principalmente por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias; 

- Fluidos corporais (tais como pus, sangue das lesões), contato com alguma lesão ou contato indireto com o material da lesão; 

- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva; 

- Também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, talheres e pratos, que foram contaminados com o vírus por uma pessoa doente.


Como se prevenir?

- Evitando contato com pessoas com caso suspeito e objetos que essas pessoas tenha usado; 

- Lavar regularmente as mãos com água e sabão ou utilizar álcool em gel, principalmente após o contato com a pessoa infectada.


Quais os principais sintomas?

- A doença tem período de incubação pode variar de 5 a 21 dias; 

- O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias (febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos (ínguas), dor nas costas, dor muscular e falta de energia, calafrio, fraqueza); 

- O estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas (lesões evoluem de máculas — lesões com base plana — para pápulas — lesões dolorosas firmes elevadas).


Qual a gravidade da varíola dos macacos?

- Além de transmissão menor, a letalidade da varíola dos macacos também é bem menor em comparação à varíola humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade da doença surgida mais recentemente é de 3% a 6%. A mortalidade da varíola humana chegava a 30%, conforme o órgão.


- Em geral, os pacientes tomam remédios apenas para tratar os sintomas como dor de cabeça e febre. Casos mais graves podem ocorrer em gestantes, idosos, crianças e pessoas que têm doenças que diminuem a imunidade.

*(Com agências / via O POVO)

 


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