Repasse a estados e municípios
estava previsto para 2024 |
O ministro das Relações
Institucionais, Alexandre Padilha, informou nesta terça-feira (12) que o
governo federal irá antecipar R$ 10 bilhões a estados e municípios para
compensar a perda com o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS).
O valor estava previsto para ser
repassado em 2024, mas será pago ainda este ano.
De acordo com o ministro, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou incluir a antecipação no Projeto
de Lei Complementar (PLP) 136/23, que trata das perdas de ICMS e está em
tramitação na Câmara dos Deputados.
“Isso significa uma compensação
de R$ 2,5 bilhões a mais para os municípios brasileiros. [O presidente Lula]
nos autorizou a incluir isso hoje no PLP, que já teve aprovada a urgência na
semana passada, e o relatório vai ser apresentado pelo deputado Zeca Dirceu
[PT-PR e relator do projeto]”, afirmou Padilha.
Outra medida acertada com o
presidente Lula é a inclusão no projeto de uma compensação aos municípios pela
queda, de julho a setembro, nos repasses do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM). Desta forma, as prefeituras irão receber um adicional de R$
2,3 bilhões.
“Vai ter uma parcela extra do
governo federal que compensa essa queda dos últimos três meses, garantindo
também que os municípios tenham o FPM compensado, ajudando os municípios a
tocar suas ações da saúde, habitação.”
A expectativa do governo,
conforme Padilha, é que o PLP 136/23 seja aprovado nesta quarta-feira (13) na
Câmara dos Deputados e, em seguida, no Senado. Assim que aprovado, o governo
iniciará os repasses aos estados, municípios e Distrito Federal.
Perda de ICMS
A compensação das perdas com o
ICMS, imposto administrado pelos estados, ocorre por causa de leis
complementares adotadas no ano passado, na gestão de Jair Bolsonaro, que
limitaram as alíquotas sobre combustíveis, gás natural, energia,
telecomunicações e transporte coletivo, impactando na arrecadação dos entes
federativos.
O Projeto de Lei Complementar
136/23, enviado pelo Executivo, prevê compensação total de R$ 27 bilhões em
razão das mudanças nas alíquotas, que será paga até 2026. O montante foi negociado
entre o Ministério da Fazenda e os governos estaduais, e homologado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) em junho.
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