Ceará Acontece: Cid afirma não estar a par das discursões sobre a sucessão de Evandro na Alece

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Cid afirma não estar a par das discursões sobre a sucessão de Evandro na Alece

O senador Cid Gomes (PSB) anunciou o rompimento político com o governador Elmano de Freitas (PT), em um movimento que aprofunda as tensões entre lideranças do estado. O principal motivo seria a escolha de Fernando Santana (PT) para suceder Evandro Leitão (PT) na presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). A decisão, conduzida pela base aliada do governo sem consulta a Cid e seus aliados, foi o estopim para o afastamento. Fontes próximas ao senador confirmaram sua insatisfação com a condução do processo e indicaram que ele deve seguir uma agenda independente.

 

Embora o senador tenha afirmado que o PSB ainda não havia definido posição formal sobre a sucessão na Alece, ele já vinha externando incômodo com o domínio político do PT no estado. Atualmente, o partido controla a Presidência da República, com Lula; o governo estadual, com Elmano; e se prepara para assumir a Prefeitura de Fortaleza, em 2025, com Evandro Leitão. Para interlocutores, a centralização do poder e a falta de diálogo têm causado desgaste entre os aliados, culminando na ruptura oficializada neste sábado, 16.

 

Em entrevistas anteriores, Cid havia adotado um tom conciliador, defendendo que as articulações para a presidência da Alece deveriam ocorrer em “harmonia com o Executivo”. Contudo, ao ser questionado sobre o nome de Fernando Santana, escolhido pela base aliada, destacou que não foi consultado nem informado sobre as tratativas. Ele também reforçou que sua posição individual estava alinhada ao PSB, partido que, segundo ele, não havia discutido formalmente o tema.

 

Apesar do afastamento, Cid negou, dias antes, que houvesse conflitos pessoais com o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), destacando que ambos mantêm uma relação de respeito e amizade. Na ocasião, o senador afirmou que continuava integrado ao mesmo projeto político em benefício do estado, mas a ruptura com o governo Elmano sinaliza uma mudança de rumo em sua atuação. A expectativa agora é sobre como essa decisão impactará as alianças para as eleições municipais de 2024.




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