Jair Bolsonaro (PSL),
presidente da República eleito, concede entrevista para o programa 'Brasil
Urgente', da TV Bandeirantes - 05/11/2018 (Band/Reprodução)
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O presidente eleito Jair
Bolsonaro (PSL) afirmou nesta segunda-feira (5) ser favorável à gravação de
professores por alunos dentro de sala da aula. “Só o mau professor se preocupa
com isso daí”, disse, em entrevista à Band, após criticar o ensino de questões
relacionadas a minorias e defender o projeto Escola sem Partido, movimento que
visa combater uma suposta “doutrinação ideológica” nas instituições de ensino —
e já foi contestado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e Ministério Público
Federal (MPF).
A gravação ou filmagem de
professores chegou a ser estimulada após o segundo turno por uma deputada
estadual de seu partido eleita em Santa Catarina, que tentava coibir
manifestações contrárias à eleição de Bolsonaro. Denunciada pelo Ministério
Público, Ana Caroline Campagnolo foi impedida pela Justiça de seguir com sua campanha.
Segundo a decisão, a prática fere a liberdade de expressão e o pluralismo de
ideias e concepções pedagógicas.
Entretanto, para Bolsonaro, os
professores deveriam se orgulhar caso suas aulas fossem gravadas por alunos.
“Quando eu dava aula de educação física no quartel, se tivesse alguém me
filmando — naquela época não tinha telefone celular — não teria problema
nenhum”.
O presidente eleito também
criticou a prova do Exame Nacional do Ensino Médio, que neste domingo (4)
incluiu uma pergunta de linguagem que citava o “pajubá”, descrito na prova como
o “dialeto secreto” usado por gays e travestis.
“Uma questão de prova que entra
na dialética, na linguagem secreta de gays e travestis, não tem nada a ver. Não
mede conhecimento nenhum. A não ser obrigar para que no futuro a garotada se
interesse mais por esse assunto. Temos que fazer com que o Enem cobre
conhecimentos úteis”, disse na entrevista.
Fonte: VEJA
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