O senador Davi Alcolumbre abriu
a votação para o plenário decidir sobre a questão de ordem - Fabio Rodrigues
Pozzebom/Agência Brasil
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Em manobra de última hora,
senadores decidiram que a eleição para o comando da Casa será feita em votação
aberta. A escolha do novo presidente do Senado será feita ainda nesta
sexta-feira (1º).
A decisão foi articulada por
opositores do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é candidato. A estratégia é
fazer com que o emedebista perca votos por conta da exposição pública que será
dada aos senadores que votarem nele.
Vídeo: Katia Abreu toma pasta do Senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) sob alegação de que, como candidato, parlamentar não poderia presidir a sessão. pic.twitter.com/raE2bK9dg6— Luiz Fara Monteiro (@luizfara) 1 de fevereiro de 2019
A sessão foi presidida pelo
senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que concorre com Renan Calheiros pelo comando
da Casa. Em resposta a questões de ordem que pediam o voto aberto, ele opinou
favoravelmente aos requerimentos, mas delegou a decisão ao plenário. O
resultado foi de 50 votos pelo registro aberto e 2 pelo secreto.
O voto aberto contraria o
regimento interno do Senado. O regimento da Casa é claro ao definir, em seu
artigo 60, que a eleição se dará em "escrutínio secreto", como sempre
ocorreu.
Como presidente interino da
Casa, por ser o único membro da Mesa Diretora que manteve o cargo, Alcolumbre
se movimentou desde o início do dia para viabilizar sua candidatura.
Após a publicação de norma pelo
então secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Melo, que impediria
que candidatos presidissem a sessão de eleição, Alcolumbre revogou a norma.
Depois, assinou a dispensa do secretário.
Durante a sessão, Renan chegou
a interromper o discurso do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) -que é favorável
ao voto aberto-, para lembrar episódio em que Tancredo Neves chamou de
"canalha, canalha" o senador Auro de Moura Andrade, que no golpe
militar de abril de 1964 havia declarado vaga a Presidência da República.
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