Dos 36 decêndios do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) de 2018, 861 Municípios tiveram ao menos um
100% retido, e 1.653 tiveram o repasse entre 70% e 99% do FPM aprisionado. É o
que revela estudo técnico elaborado pela
Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Nota-se que os repasses são realizados para pagamento da dívida conforme o extrato do FPM abaixo. A metodologia utilizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem como base os dados do Sistema de Informações do Banco do Brasil (Sisbb), que consolida o extrato do FPM.
Nota-se que os repasses são realizados para pagamento da dívida conforme o extrato do FPM abaixo. A metodologia utilizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem como base os dados do Sistema de Informações do Banco do Brasil (Sisbb), que consolida o extrato do FPM.
É possível vislumbrar, no
extrato acima, o total dos lançamentos nos decêndios, e os débitos realizados. As
rubricas descritas no extrato são exemplos de vários tipos de retenção que
podem acontecer em razão das dívidas previdenciárias, conforme demonstrado
abaixo:
RFB-PREV-PARC53: Parcelamento
especial da MP 589/Lei 12.810/2013;
RFB-PREV-OB COR: OBRIGAÇÃO
CORRENTE – Valores declarados em GFIP referente à competência do mês anterior;
RFB-PREV-OB DEV: juros e
multas;
RFB-PREV-PARC60: parcelamento
simplificado e/ou ordinário – Lei 10.522/2002.
De acordo com a CNM, o FPM de
2018 teve um crescimento de 4,35% em relação ao ano de 2017. Foram repassados
aos cofres municipais R$101,7 bilhões e cerca de R$ 6,1 bilhões foram retidos
pela Receita Federal do Brasil (RFB). A entidade explica que os entes federados
estão sujeitos às retenções do FPM recorrentes a cada mês, em razão das dívidas
previdenciárias, as quais são respaldadas por lei. As retenções, entretanto,
não são apenas oriundas da dívida previdenciária, existem outras retenções
como: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), medidas provisórias, e dentre
outras.
Ag CNM Segundo o estudo, em relação a 2017,
houve uma diminuição de 28% na quantidade de Municípios que tiveram algum
decêndio retido. De acordo com a série histórica, o ano de 2016 apresenta a
maior quantidade de Municípios com o fundo retido. Por outro lado, o valor do
FPM retido por causa da dívida previdenciária cresceu de 2013 a 2016. Entre
2013 e 2018, foram retidos pela RFB R$ 41,55 bilhões.
O levantamento apontou também
que o ano de 2018 acumulou R$ 6,17 bilhões de FPM retidos, ou seja, uma queda de
15% comparado com 2017. E, ao compararmos todos os anos analisados, entre os
anos de 2013 a 2018, percebe-se que 2016 foi o ano em que as prefeituras
tiveram mais de R$ 8 bilhões do Fundo retidos.
Quanto aos 861 Municípios que
tiveram o recurso 100% retidos em 2018, o número corresponde em torno de 15% do
total de Municípios brasileiros (5.568) e uma queda de 34% em relação a 2017.
Pelo estudo, Minas Gerais foi o Estado que apresentou mais retenções com pelo
menos uma retenção 100% zerada, 109 Municípios; seguida por São Paulo, com 73;
e Rio Grande do Norte, com 71. O Estado do Amapá apresentou dois Municípios que
também tiveram essa mesma situação em 2018.
Foto:
Marcos Santos/USP Imagens; Arte CNM
*Agência
CNM de Notícias
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