Camilo Santana afirma que Ceará
precisa 'puxar o freio' de gastos — Foto: José Leomar/SVM
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Em reunião com deputados
estaduais da base aliada nesta segunda-feira (27), no Palácio da Abolição, o
governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou que o estado vai “puxar o
freio” com os gastos na máquina pública, com impacto inclusive no custeio das
emendas apontadas pelos parlamentares para obras no interior do estado.
Estiveram presentes na reunião todos os secretários estaduais e 39 dos 46
deputados.
A redução de despesas, segundo
Camilo Santana, se deve ao cenário de incertezas na economia brasileira. O
chefe do executivo estadual disse que busca alternativas para aumentar a
receita do Ceará sem elevar impostos, mas frisou que “ajustes” são necessários.
“Ninguém sabe o que pode
acontecer, por isso que a gente tem que puxar o freio e manter o Estado bem
equilibrado. Já defini dentro do governo um percentual de gastos com
investimentos, obras, PCF (Pacto de Cooperação Federativa - indicação dos
deputados), prefeitos, (gastos) por ano, divididos por mês”, disse.
Camilo, no entanto, não disse
para os deputados durante a reunião quanto é esse percentual, mas sabe-se que a
medida terá impacto sobre as emendas parlamentares ao Orçamento do Estado.
É através do Programa de
Cooperação Federativa (PCF), firmado entre as prefeituras e o Governo do
Estado, para obras e projetos nos municípios cearenses, que os deputados podem
apresentar emendas anuais de até R$ 1 milhão ao Orçamento do Estado.
Esse programa é considerado
importante pelos deputados por ser uma forma de garantirem recursos às bases
eleitorais no interior do estado. Camilo disse, porém, que o Ceará não terá
recursos suficientes para bancar todos os convênios celebrados neste ano com as
prefeituras.
A reunião desta segunda-feira
com os deputados estaduais ocorre em meio às insatisfações na base aliada com o
Governo do Estado. Nos bastidores, deputados dizem que não estão tendo suas
demandas atendidas pelo Executivo.
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