Os professores realizaram
assembleia na última semana para discutir as pautas apresentadas(foto:
Reprodução/Sindsep) |
Professores da rede municipal de
Quixadá, município localizado na macrorregião do Sertão Central, seguirão com
paralisação até que a administração local faça uma nova proposta de reajuste
salarial. A categoria demanda aumento de 33,24%, de acordo com a Lei Federal
11.738, de 2008, do Piso Nacional dos Professores.
Neiva Esteves, presidente do
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Quixadá, Ibaretama, Banabuiú,
Choró e Ibicuitinga (Sindsep), disse que a entidade ficou surpresa quando a
prefeitura não sentou para conversar com os servidores públicos e procurou
diretamente o Ministério Público.
“Durante nossa história de 33
anos, nunca tínhamos discutido questões administrativas com o Ministério
Público. Só vamos para o órgão quando não há acordo”, considera. Ela aponta que
desde o início da atual gestão não houve um diálogo entre os docentes e o atual
prefeito, Ricardo Silveira (PSD). Questões que precisam de resolução
normalmente são tratadas com a procuradoria do município, conforme Neiva.
A Prefeitura de Quixadá afirma
que tentou dialogar com o sindicato dos professores, mas não obteve sucesso.
Segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa do município, foram
marcadas reuniões com a ciência do Ministério Público, mas o sindicato não
compareceu. O Sindsep, contudo, nega e diz que sempre esteve aberto ao diálogo.
Segundo a prefeitura, o motivo de
entrar na Justiça contra a paralisação foi o fato de que os alunos passaram
dois anos sem aulas presenciais. A liminar foi expedida na quinta-feira, 3, e
os professores devem voltar a dar aula a partir da próxima semana.
Cálculos para apresentar uma
contraproposta do aumento pedido pelos docentes estão sendo realizados,
conforme divulgado pela Prefeitura. Já há previsão de quanto o município poderá
oferecer, mas o valor não foi divulgado ainda para os professores.
*(Colaborou Alexia Vieira/O POVO)
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