Ceará Acontece: Domingos Filho acusa PT de tentar hegemonizar poder no Ceará e estaria pressionando prefeitos em troca de apoios

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Domingos Filho acusa PT de tentar hegemonizar poder no Ceará e estaria pressionando prefeitos em troca de apoios

 

O candidato a vice-governador da chapa pedetista, Domingos Filho (PSD), participou da sabatina aos postulantes a cargo, no Grupo Otimista / Foto: Reprodução

O candidato a vice-governador do Estado, Domingos Filho (PSD), abriu a série de entrevistas com os principais postulantes ao cargo, no Grupo Otimista de Comunicação. Durante a sabatina, o peessedista que compõe a chapa de Roberto Cláudio (PDT) fez duras críticas ao PT e disse que há algum tempo estava clara uma tentativa de Camilo Santana de “verticalizar o poder, impondo sua vontade”.

 

Domingos Filho é o presidente do PSD local e disse estar havendo por parte do PT um “canibalismo predatório”, em busca de apoios de prefeitos. Apesar de afirmar que não sabe se é do conhecimento da governadora, Izolda Cela, o candidato disse que os atos, aos quais chamou de “política menor” com “perseguições”, “transferências de pessoas” e “oferecimento de vantagens a prefeito para votar”, se espalharam pelo Estado.

 

”Estamos sentindo que o governo que nós ajudamos a fazer, infelizmente, vem com uma linha, um conjunto de práticas que remontam aos momentos mais sombrios dos tempos dos coronéis”, afirmou o dirigente do PSD, se referindo a uma suposta pressão que estaria sendo feita nos prefeitos, em troca de alianças.

 

O candidato a vice ao Governo disse que o racha entre PT e PDT vinha se desenhando e não foi uma surpresa, como o eleitor acredita. Segundo Domingos Filho, algumas ranhuras começaram a aparecer quando Camilo Santana “tentou tomar o protagonismo” e “interferiu nas decisões dos outros partidos”, dificultando os acordos que mantinham a aliança há 16 anos.

 

“O PT queria o senado, indicar dentro do PDT a Izolda [Cela], indicar o vice, o presidente da Assembleia e o futuro prefeito de Fortaleza. Quando o partido passou a querer ser hegemônico, sem respeitar os demais, nossa candidatura começou a crescer”, afirmou.

 

Domingos lembrou que as primeiras eleições de Camilo foram apoiadas pelo PDT e não tiveram participação petista como vem ocorrendo nesta. “Na eleição do Elmano, da Luizianne [Lins], aqui em Fortaleza, vocês viram propaganda com o Camilo?”, indagou o candidato. O postulante a vice do governo diz que isso se deve a uma estrutura de aliança, que não se estendia do Interior para a Capital.

 

“Não era repercutida em Fortaleza. Salvo na eleição da Luizianne, que estivemos juntos, daí por diante, todas as demais eleições foram de conflito em Fortaleza. E esse grupo que nós estamos, que está do lado do Roberto [Cláudio], venceu todos”, afirmou.

 

Domingos nega que as afirmações que tem feito sobre a gestão sejam violência de gênero contra a governadora e considera que há uma disparidade entre o que vem sendo dito e feito nas fileiras petistas. “O PT diz uma coisa e faz outra. No Estado do Piauí, a vice é do PT e não foi candidata a governadora. Foi misoginia lá?”, pontua.

 

Propostas

 

Domingos Filho falou das modernização do Estado, da proposta de promover uma educação digital e das necessidades de mudança em algumas áreas. “A saúde está boa? A segurança pública, a situação de pobreza, de carestia vai bem? Não podemos falar de governo como algo que está finalizado, porque ninguém consegue fazer tudo”, considerou.

 

O candidato se referiu a Cid Gomes (PDT) como o melhor governador que o Ceará teve e deixou em suspenso a relação que o senador licenciado tem, atualmente, com o grupo político que liderou por quatro mandatos. Para Domingos, o “mergulho” de Cid em plena campanha, pode ser uma amostra de insatisfação com o processo de escolha dos candidados.

 

Domingos Filho afirmou, ainda, que acredita que a eleição não está decidida e que o eleitor tem, cada vez mais, deixado a definição do voto para cima da hora da eleição. Conforme as pesquisas eleitorais recentes, de 10 a 12% dos eleitores cearenses ainda se dizem indecisos. “A pesquisa mexe muito mais com a cabeça dos políticos”, declarou.

(Fonte: O Otimsta)

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